
Fonte
Erin Matthews, Universidade de Saskatchewan
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Resumo
Além da perda gradual de memória, pessoas que vivem com demência também passam por muitas outras alterações cognitivas e sensoriais, incluindo alterações no paladar, no olfato e na capacidade de se alimentar.
No enfrentamento da jornada da demência, os cuidados nutricionais e a conexão entre pacientes e familiares na hora das refeições constituem um importante ponto de apoio que pode promover melhores resultados de saúde.
A conexão durante as refeições pode ser uma experiência significativa que pode melhorar a qualidade de vida para as pessoas que vivem em cuidados paliativos.
“Eu era muito próximo dos meus avós quando criança e, quando meu avô desenvolveu demência, vi o impacto em toda a nossa família. Mas as refeições sempre foram um ponto de conexão para nós”, disse Heather Alford, que recentemente concluiu seu mestrado na Faculdade de Farmácia e Nutrição da Universidade de Saskatchewan (USask), no Canadá.
Nas próximas décadas, espera-se que os casos de demência aumentem globalmente. A pesquisa de Heather Alford abordou alguns desafios importantes que muitas famílias enfrentarão no futuro, oferecendo uma estrutura para ajudar a enfrentar a jornada da demência.
Ao participar de cuidados nutricionais, a pesquisadora afirmou que as famílias podem compreender o progresso de seus entes queridos e também encontrar maneiras de lidar com as dificuldades que eles enfrentam.
Embora frequentemente associada à perda gradual de memória, as pessoas que vivem com demência também passam por muitas outras alterações cognitivas e sensoriais, incluindo alterações no paladar, no olfato e na capacidade de se alimentar.
Em seu trabalho de mestrado, Heather Alford investigou como as famílias usam a alimentação e os horários das refeições para manter o contato com seus entes queridos em cuidados de longa duração. Ela também se concentrou em como o envolvimento familiar promove melhores resultados de saúde para pessoas que vivem com demência.
Compartilhar a comida e comer juntos é uma forma de demonstrar amor e é algo tão simples que fazemos todos os dias. Mas pessoas que vivem em cuidados de longa duração têm poucas oportunidades para essa conexão
Heather Alford e sua orientadora, a Dra. Allison Cammer, estão usando o conhecimento adquirido em entrevistas com famílias sobre suas experiências de vida com a demência e seus cuidados para ajudar a orientar políticas públicas e desenvolver programas focados em soluções. A mestranda gostaria de desenvolver um recurso que oferecesse às famílias um guia para se manterem envolvidas e apoiarem seus entes queridos à medida que sua condição muda ao longo do tempo.
Em sua pesquisa, Heather Alford constatou que não há muitos recursos disponíveis para famílias que tomam decisões sobre cuidados nutricionais nos cuidados paliativos de seus entes queridos. Para seu projeto de doutorado, ela gostaria de expandir sua pesquisa, desta vez com foco no envolvimento da família na nutrição no fim da vida, com o objetivo de desenvolver recursos em conjunto com famílias e profissionais de saúde.
A pesquisa de Heather Alford destacou uma área frequentemente negligenciada por profissionais de saúde e pesquisadores. “Muitas pesquisas sobre demência estão focadas em encontrar uma cura e, embora a capacidade de comer e beber esteja ligada à medição do comprometimento cognitivo, estamos buscando ver como podemos tornar as refeições uma experiência significativa e como podemos melhorar a qualidade de vida — não apenas para a pessoa com demência, mas também para as pessoas que a apoiam”, concluiu Heather Alford.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Saskatchewan (em inglês).
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