
Fonte
Zach Winn, MIT News
Publicação Original
Áreas
Compartilhar
Resumo
Uma startup iniciada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu um conjunto completo de tecnologias de preservação que podem ser otimizadas para diferentes cenários de armazenamento e transporte de biomoléculas em temperatura ambiente, que antes precisavam de sistemas de resfriamento para garantir sua estabilidade.
As tecnologias de preservação de biomoléculas desenvolvidas pela startup podem ser usadas em aplicações em toda a área da saúde, desde exames de sangue de rotina e rastreamento de câncer até pesquisa de doenças raras e preparação para pandemias.
A empresa destaca que as tecnologias viabilizam uma mudança de paradigmas na biotecnologia, oferecendo soluções confiáveis e de baixo custo que podem mudar o rumo da saúde.
A biotecnologia, as análises clínicas, o desenvolvimento de fármacos e a medicina de precisão, desde terapias com células CAR-T até o sequenciamento de DNA tumoral que orienta o tratamento do câncer, dependem de amostras biológicas intactas.
No entanto, uma única queda de energia, atraso no transporte ou falha no equipamento pode destruir amostras insubstituíveis de pacientes, atrasando o tratamento em semanas ou interrompendo-o completamente. Em áreas remotas e países em desenvolvimento, a falta de armazenamento refrigerado confiável efetivamente exclui populações inteiras desses avanços que salvam vidas.
Agora, a Cache DNA – uma startup iniciada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA – pretende libertar as amostras biológicas da necessidade de resfriamento. No MIT, os fundadores da empresa criaram uma nova maneira de armazenar e preservar moléculas de DNA em temperatura ambiente.
Agora, a empresa está desenvolvendo tecnologias de preservação de biomoléculas que podem ser usadas em aplicações em toda a área da saúde, desde exames de sangue de rotina e rastreamento de câncer até pesquisa de doenças raras e preparação para pandemias.
“Queremos desafiar o paradigma. A biotecnologia depende da cadeia de frio há mais de 50 anos. Por que isso não mudou? Enquanto isso, o custo do sequenciamento de DNA despencou de US$ 3 bilhões para o primeiro genoma humano para menos de US$ 200 hoje. Com o sequenciamento e a síntese de DNA se tornando tão baratos e rápidos, o armazenamento e o transporte surgiram como gargalos críticos”, destacou o Dr. James Banal, cofundador da Cache DNA e ex-pós-doutorando do MIT.
Imagine se todos os humanos na Terra pudessem contribuir para um biobanco global, não apenas aqueles que vivem perto de frigoríficos milionários. São 8 bilhões de histórias biológicas, em vez de apenas algumas poucas privilegiadas. As curas que estamos perdendo podem estar escondidas nas biomoléculas de alguém que nunca conseguimos alcançar
À medida que a empresa trabalha para preservar biomoléculas além do DNA e escalar a produção de seus kits, os cofundadores da startup acreditam que sua tecnologia tem o potencial de revelar novos insights em saúde, tornando o armazenamento de amostras acessível a cientistas em todo o mundo.
No ano passado, a Cache DNA enviou mais de 100 de seus primeiros kits de preservação de DNA alfa para pesquisadores em todo o mundo.
A Cache DNA desenvolveu um conjunto completo de tecnologias de preservação que podem ser otimizadas para diferentes cenários de armazenamento. A empresa também recebeu recentemente um financiamento da National Science Foundation para expandir sua tecnologia e preservar uma gama mais ampla de biomoléculas, incluindo RNA e proteínas, o que pode gerar novos insights sobre saúde e doenças.
“Os freezers ditaram onde a ciência poderia acontecer. Remova essa restrição e você começará a desvendar possibilidades: nações insulares estudando sua genética única sem que amostras morram durante o transporte; todos os pacientes com doenças raras em todo o mundo contribuindo para a pesquisa, não apenas aqueles próximos a grandes hospitais; os 2 bilhões de pessoas sem eletricidade confiável finalmente se juntando a estudos globais de saúde. O armazenamento em temperatura ambiente não é a resposta completa, mas toda cura começa com uma amostra que sobreviveu à jornada”, concluiu o Dr. James Banal.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (em inglês).
Notícias relacionadas
Universidade do Porto
Universidade Cornell