
Jamani Caillet, EPFL
Bokeon Kwak, Valerio Galli e Julien Boutonnet com o RoboCake
Fonte
Julie Haffner, EPFL
Publicação Original
Áreas
Resumo
Usando elementos de eletrônica e robótica, engenheiros se uniram a cientistas de alimentos e chefs confeiteiros para criar o RoboCake, um bolo para eventos com toques de robótica.
Como parte do Projeto RoboFood, desenvolvido com apoio da União Europeia, os cientistas estão avançando na inclusão de elementos de engenharia comestíveis na Gastronomia.
As aplicações desse novo tipo de tecnologia podem incluir entrega de alimentos em situações de emergência, entrega de medicamentos para pessoas com dificuldade de engolir ou para animais, ou até mesmo monitoramento da qualidade de alimentos usando sensores comestíveis.
Unir ciência eletrônica e robótica à gastronomia, em uma experiência culinária totalmente nova. Esse é o objetivo do bolo RoboCake, que está sendo apresentado na Expo 2025 Osaka, no Japão, evento global que acontece entre os dias 13 de abril e 13 de outubro de 2025.
O RoboCake – um bolo robótico para eventos – faz parte do projeto RoboFood, que visa desenvolver uma nova geração de robôs comestíveis e alimentos inteligentes e que conta com financiamento da União Europeia.
O bolo foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, e do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), na Itália, em colaboração com chefs confeiteiros e cientistas de alimentos da Escola de Negócios em Hotelaria (EHL) em Lausanne.
Robótica e alimentos são dois mundos distintos. No entanto, combiná-los oferece muitas vantagens, principalmente em termos de limitação de lixo eletrônico e desperdício de alimentos
O RoboCake inclui confeitos robóticos totalmente comestíveis na forma de ‘ursinhos dançantes’, criados pelo Laboratório de Sistemas Inteligentes (LIS) da EPFL. “Eles são feitos de gelatina, xarope e corantes”, explicou o Dr. Bokeon Kwak, pesquisador do LIS. “Eles são animados por um sistema pneumático interno: quando o ar é injetado por canais dedicados, suas cabeças e braços se movem.”
Mas os ‘ursinhos dançantes’ não são a única característica especial do bolo RoboCake. Pesquisadores do IIT, coordenados pelo Dr. Mario Caironi, desenvolveram a primeira bateria recarregável comestível, feita de vitamina B2, quercetina, carvão ativado e chocolate, para um toque gourmet. “Essas baterias, seguras para consumo, podem ser usadas para acender as velas de LED no bolo”, explicou Valerio Galli, doutorando no IIT.
“O primeiro sabor que você sente ao comê-las é chocolate amargo, seguido por um toque picante surpreendente que dura alguns segundos, devido ao eletrólito comestível em seu interior”, explicou o doutorando. Essas baterias representam uma solução potencial para reduzir o lixo eletrônico, que chega a 40 milhões de toneladas por ano.
Para garantir que essas inovações sejam apetitosas e seguras para o consumo, os engenheiros se uniram a especialistas em ciência de alimentos e confeiteiros da EHL. “Nosso desafio era encontrar a melhor maneira de apresentar as inovações de nossos dois parceiros, a EPFL e o IIT. Foi assim que nasceu o RoboCake, um verdadeiro bolo de confeitaria para eventos, que superou o desafio de combinar técnica, eletrônica e sabor”, afirmou o Dr. Julien Boutonnet, professor da EHL.
Agora, os cientistas também estão considerando outras aplicações nas áreas de nutrição e saúde. Robôs comestíveis podem ser usados para entregar alimentos em áreas ameaçadas, entregar medicamentos de maneiras inovadoras a pessoas com dificuldade de engolir ou a animais, ou até mesmo monitorar a qualidade de alimentos usando sensores que podem ser ingeridos.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Escola Politécnica Federal de Lausanne (em inglês).
Notícias relacionadas

Universidade da Califórnia em Los Angeles
Universidade Politécnica de Madri
Universidade Federal de Lavras