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Katie Cottingham, Escola de Medicina da Universidade Cornell
Publicação Original
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Resumo
Em um estudo pré-clínico usando leveduras, pesquisadores investigaram a influência do complexo CST e do complexo DNA polimerase α/primase (PP) de proteínas sobre a regulação da enzima telomerase, que tem um papel fundamental no crescimento e no comprimento dos telômeros.
O novo conhecimento pode ajudar os pesquisadores a entender melhor os distúrbios da biologia dos telômeros e abrir caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos que poderiam inibir o crescimento de células cancerígenas ou retardar o envelhecimento.
Foco do Estudo
Estudo
Um novo estudo, liderado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Cornell, nos EUA, com a colaboração de cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas da Espanha (CNIO), revelou como as células mantêm as extremidades dos cromossomos – os telômeros – à medida que se dividem, um processo fundamental para manter as células saudáveis.
Usando leveduras, os pesquisadores revelaram interações entre proteínas que podem explicar como a enzima telomerase é rigidamente regulada para impedir que as células se dividam descontroladamente ou envelheçam prematuramente.
O estudo pré-clínico, publicado na revista científica Nucleic Acids Research, melhora a compreensão dos mecanismos por trás do envelhecimento e do câncer.
Os pesquisadores se concentraram no complexo CST de três proteínas e no complexo DNA polimerase α/primase (PP), importantes para a manutenção adequada dos telômeros.
“Descobrimos que a DNA polimerase α é recrutada para as extremidades dos cromossomos e forma uma ligação com o complexo CST. Isso regula a atividade da telomerase e protege as extremidades dos cromossomos”, explicou o Dr. Neal Lue, professor de Microbiologia e Imunologia da Escola de Medicina da Universidade Cornell, nos EUA, e autor sênior do estudo.
As leveduras permitiram que os pesquisadores isolassem e estudassem processos celulares fundamentais que também estão presentes nos seres humanos.
Mutações que aumentam a atividade da telomerase são comuns em todos os tipos de câncer. Para que as células cancerosas proliferem indefinidamente, elas precisam ativar a telomerase para alongar os telômeros curtos
Resultados
Os pesquisadores conseguiram introduzir mutações que aboliram as interações CST-PP para ver o que aconteceria. Eles observaram dois resultados diferentes na levedura sem que a CST e a PP funcionassem adequadamente juntas. Em alguns mutantes, os telômeros cresceram mais sem danos ao DNA.
“Nossos dados sugerem que a introdução do complexo CST-PP é um passo crítico para interromper a atividade da telomerase”, disse o professor Neal Lue.
“Nosso estudo forneceu a primeira evidência in vivo de que a PP não está apenas produzindo DNA nos telômeros, mas também os protegendo”, destacou a Dra. Eun Young Yu, professora assistente de Microbiologia e Imunologia da Escola de Medicina da Universidade Cornell.
O novo conhecimento pode ajudar os pesquisadores a entender melhor os distúrbios da biologia dos telômeros, como a síndrome de Coats plus, na qual os pacientes envelhecem prematuramente e apresentam danos nos olhos e ossos.
Assim, alterar a atividade da proteína CST com medicamentos poderia inibir o crescimento de células cancerígenas, alterando o comprimento ou o estado de proteção dos telômeros. Regular as proteínas CST também poderia ajudar os pacientes a superar a resistência a alguns medicamentos contra o câncer.
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