Inteligência Artificial pode ajudar na tomada de decisões no tratamento de pacientes oncológicos
A formação de uma boa base de conhecimento a partir de testes realizados em tumores de pacientes, aliada ao uso de Inteligência Artificial, pode ajudar em tomadas de decisão dentro dos conceitos de Medicina de Precisão e Medicina Personalizada
Freepik (Imagem gerada por Inteligência Artificial)
9 de outubro de 2024, 08:54

Fonte

Leslie Cantu, Universidade Médica da Carolina do Sul

Publicação Original

Universidade Médica da Carolina do Sul

Áreas

Epidemiologia, Medicina, Medicina de Precisão, Oncologia, Patologia

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Resumo

Na Carolina do Sul (EUA), pesquisadores estão unindo esforços para formar uma boa base de conhecimento sobre o sucesso ou não de tratamentos de pacientes oncológicos de modo que esses dados sejam usados por Inteligência Artificial para apoiar a tomada de decisão em novos tratamentos.

Deste modo, a equipe de especialistas pode tomar melhores decisões, que respeitem as especificidades de cada paciente e de cada câncer individualmente.

Conforme novos estudos vão sendo desenvolvidos e a ciência avança na área de Oncologia, novas possibilidades de tratamentos vão ficando disponíveis.

Neste caso, existe um processo de tomada de decisão por parte da equipe médica no sentido de qual o melhor tratamento a oferecer a um paciente, de acordo com as especificidades da sua doença. Este é um dos desafios da medicina de precisão e da medicina personalizada.

No Centro de Câncer Hollings da Universidade Médica da Carolina do Sul, nos EUA, pesquisadores liderados pelo Dr. Thai Ho, Diretor de Medicina de Precisão, buscam na Inteligência Artificial (IA) novas referências para orientação dos tratamentos individuais.

Esta nova aplicação da IA pode proporcionar aos médicos escolhas com base nos resultados dos testes genômicos do tumor de um paciente.

Tumores têm perfis genômicos únicos: mutações diferentes podem resultar em proteínas ou receptores diferentes aparecendo no tumor, e cientistas estão cada vez mais desenvolvendo medicamentos que se concentram em um desses alvos específicos.

Além da genômica, outras diferenças moleculares entre tumores podem tornar um medicamento mais ou menos provável de funcionar. O câncer torna tudo ainda mais complicado quando múltiplas mutações genéticas ocorrem simultaneamente, tornando desafiador determinar qual delas é a principal responsável pelo crescimento do tumor.

O Dr. Thai Ho explicou que os estudos estão atualmente se concentrando na identificação de tumores com mecanismos de reparo de DNA defeituosos.

A ideia é que estamos usando [a IA] apenas para ajudar a tomar melhores decisões onde temos opções dentro do padrão de tratamento, então não estamos ignorando medicamentos que já se sabe que funcionam

Dr. Thai Ho, Diretor de Medicina de Precisão, Universidade Médica da Carolina do Sul

Para formar uma boa base de conhecimento, os pesquisadores observam os pacientes cujos tumores responderam ao medicamento muito melhor ou muito pior do que o esperado. Essa ciência pode ajudar a refinar as sugestões de tratamento. E apenas medicamentos que já são uma opção dentro do padrão de tratamento são oferecidos como recomendações.

A tomada de decisão da equipe médica também deve levar em conta outras condições médicas e preferências pessoais do paciente quando se trata de potenciais efeitos colaterais ou a quantidade de tempo que um tratamento requer.

Os pesquisadores obtém as informações genômicas testando amostras do tumor removidas durante uma biópsia ou cirurgia. Este é um teste adicional ao teste de tumor usual e é feito por opção para os interessados ​​nas informações adicionais.

Até agora, a nova iniciativa testou tumores de cerca de 30 pacientes, mas os pesquisadores já estão vendo resultados.

“Tínhamos um paciente que já estava fazendo quimioterapia e identificamos que seu tumor poderia ser sensível a um desses medicamentos inibidores de PARP usados ​​em câncer de ovário e câncer de próstata”, disse o Dr. Thai Ho. “Nós mudamos o tratamento para o medicamento e, como resultado, ele teve uma qualidade de vida muito melhor. Além de manter seu tumor sob controle.”

Olhando para o futuro, o Dr. Thai Ho prevê usar a IA para combinar mais pacientes com estudos clínicos.

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Autores/Pesquisadores Citados

Dr. Thai Ho

Diretor de Medicina de Precisão, Universidade Médica da Carolina do Sul.

Mais Informações

Acesse a notícia completa na página da Universidade Médica da Carolina do Sul (em inglês).

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