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Baixos níveis de oxigênio no sangue podem alterar composição genética de células imunológicas importantes
31 de outubro de 2025, 14:10

Fonte

Universidade de Edimburgo

Publicação Original

Áreas

Bioinformática, Biologia, Epidemiologia, Genética, Hematologia, Imunologia, Medicina, Microbiologia, Pneumologia

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Resumo

Os neutrófilos são uma das primeiras linhas de defesa do corpo, atacando e destruindo rapidamente micróbios invasores. Sua atividade precisa ser precisamente equilibrada – eles precisam ser fortes o suficiente para combater uma infecção, mas não tão fortes a ponto de prejudicar os tecidos saudáveis.

Recentemente, uma equipe de pesquisa liderada por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, estudou neutrófilos de pacientes em recuperação da síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) e de voluntários saudáveis ​​recentemente expostos a ambientes de alta altitude e com baixa disponibilidade de oxigênio.

Os cientistas descobriram que a privação de oxigênio – conhecida como hipóxia – altera o material genético dos neutrófilos, reduzindo sua capacidade de destruir microrganismos nocivos.

A baixa oxigenação parece deixar uma marca permanente nas células da medula óssea que produzem os neutrófilos, o que significa que o impacto pode persistir mesmo após os níveis de oxigênio retornarem ao normal.

Os pesquisadores disseram que as descobertas podem ajudar a explicar por que pessoas em recuperação de condições que tenham provocado a redução do oxigênio no sangue, como doenças pulmonares graves, são mais vulneráveis ​​a infecções recorrentes.

“Reconhecer que baixos níveis de oxigênio têm um efeito duradouro na forma como as células imunes de resposta rápida interpretam seu código genético é importante porque explica por que essas células são menos eficazes no controle de infecções muitos meses após uma doença respiratória grave. Essa descoberta abre novas perspectivas para o tratamento da disfunção imunológica em longo prazo e para o aprimoramento das defesas contra infecções”, disse o Dr. Manuel Alejandro Sanchez Garcia, pesquisador de pós-doutorado no Centro de Pesquisa da Inflamação da Universidade de Edimburgo.

Agora, os pesquisadores planejam investigar o que desencadeia essas alterações de longo prazo e se elas podem ser revertidas para fortalecer a defesa do corpo contra infecções.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Immunology.

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisador de pós-doutorado no Centro de Pesquisa da Inflamação da Universidade de Edimburgo

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