
Fonte
Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano dos Institutos Nacionais de Saúde (NICHD-NIH)
Publicação Original
Áreas
Resumo
Estudando dados de dois grandes ensaios clínicos randomizados anteriores sobre gravidez em mulheres com síndrome dos ovários policísticos, pesquisadores analisaram a influência da condição de hiperandrogenia sobre os desfechos de gravidez.
O estudo mostrou que mulheres com menores níveis de andrógenos ficaram grávidas em menos tempo, o que pode direcionar tratamentos de infertilidade.
Foco do Estudo
Por que é importante?
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) geralmente inclui alterações semelhantes a cistos em um ou ambos os ovários, ovulação esporádica resultando em fertilidade reduzida e períodos irregulares.
Os especialistas classificam a SOP em quatro tipos principais, de acordo com suas características. Três tipos apresentam altos níveis de andrógeno e um tipo não.
Estudos anteriores descobriram que, em comparação com pessoas com SOP que têm níveis mais baixos de andrógeno, pessoas com SOP com altos níveis de andrógeno são mais propensas a ter resistência à insulina, ciclos menstruais irregulares e condições como hipertensão, hiperglicemia e hipertrigliceridemia, que aumentam o risco de doenças cardíacas, diabetes e derrame.
No caso de mulheres com SOP que queiram engravidar, é importante ter algum parâmetro que direcione para os tratamentos mais adequados para cada condição individual.
Estudo
Um estudo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano dos Institutos Nacionais de Saúde (NICHD-NIH), nos EUA, considerou a associação entre os níveis de hormônio andrógeno e as taxas de sucesso de gravidez em mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
O estudo foi conduzido pela Dra. Jessica L. Chan, médica e pesquisadora do Cedars-Sinai Medical Center, com a colaboração de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia e também da Escola de Medicina da Universidade do Colorado.
Os pesquisadores realizaram um estudo de coorte retrospectivo de participantes dos estudos clínicos randomizados anteriores financiados pelo NICHD/NIH: os estudos Pregnancy in Polycystic Ovary Syndrome I e II. Nesses estudos, os pesquisadores trataram pacientes com SOP tentando engravidar com medicamentos para induzir a ovulação.
As participantes de duas categorias de Rotterdam hiperandrogênicas (A e B) foram comparadas com o fenótipo não hiperandrogênico da SOP (fenótipo D).
Das 1.376 participantes em ambos os estudos, 1.249 tinham SOP com níveis mais altos de andrógeno (categorias A e B) e 127 tinham níveis mais baixos de andrógeno, com fenótipo D.
O estudo foi publicado na revista científica Obstetrics and Gynecology.
Como pode levar mais tempo para engravidar com o tipo de SOP que inclui altos níveis de andrógenos, essas pacientes podem ser aconselhadas a começar a tentar engravidar mais cedo ou a procurar cuidados de fertilidade mais rapidamente
Resultados
Participantes com níveis mais altos de andrógenos levaram mais tempo para engravidar do que aquelas com níveis mais baixos de andrógenos (41,8 meses versus 33,9 meses).
Proporções menores de participantes com níveis mais altos de andrógenos engravidaram (29,9% versus 40,2%) e tiveram nascidos vivos (20,1% versus 33,1%).
Os autores concluíram que avaliar os níveis de andrógenos em pacientes com SOP pode orientar melhor os médicos a respeito da infertilidade.
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica Obstetrics and Gynecology (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do NICHD-NIH (em inglês).
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