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Resumo
O excesso de ferro intracelular desencadeia a produção de espécies de oxigênio altamente reativas, que oxidam rapidamente os fosfolipídios, causando danos celulares e uma forma de morte conhecida como ferroptose.
Embora a ferroptose tenha sido associada a diversas doenças, evidências recentes a implicam em patologias hepáticas como fibrose, cirrose, câncer de fígado e lesões de isquemia-reperfusão hepática (IRAH).
Apesar do impacto direto dos níveis de ferro na ferroptose, os modelos de ferroptose induzida por sobrecarga de ferro ainda não foram bem estabelecidos. Um modelo confiável de ferroptose é crucial para identificar padrões específicos de expressão gênica que possam informar potenciais intervenções terapêuticas.
Recentemente, ao estabelecer um modelo de ferroptose hepática induzida por sobrecarga de ferro, cientistas identificaram a iFerroptose – uma assinatura genética integrada para a ferroptose.
Os pesquisadores avaliaram os genes associados em sistemas de lesão hepática de camundongos e humanos, validando o uso potencial da iFerroptose como biomarcador para a ferroptose hepática. Ao destacar o papel da ferroptose em lesões hepáticas, o estudo traz um novo conhecimento sobre alvos terapêuticos únicos para a ferroptose.
O Dr. Toshiro Moroishi, professor do Instituto de Ciência de Tóquio (Science Tokyo), juntamente com o Dr. Takashi Matsumoto, professor da Universidade Kumamoto, no Japão, lideraram a equipe colaborativa de pesquisadores que estabeleceu um modelo murino de ferroptose induzida por sobrecarga de ferro.
Então, eles utilizaram esse modelo murino para descobrir perfis de expressão gênica hepática de ferroptose e fizeram a validação tanto em modelos murinos quanto em pacientes humanos submetidos a ressecções hepáticas. As descobertas foram publicadas na revista científica Hepatology Communications.
A comparação transcriptômica entre tecidos hepáticos dos camundongos estudados mostrou uma diferença marcante nos perfis de expressão, sugerindo que a ferroptose induz alterações características nos padrões de expressão gênica.
Os perfis de expressão gênica deste modelo de ferroptose induzida por sobrecarga de ferro também foram comparados com os perfis de um modelo de ferroptose induzida por redução do potencial redox para estreitar a assinatura genética hepática indicativa de ferroptose. Isso revelou um conjunto de 100 genes comumente regulados positivamente em ambos os modelos de ferroptose, estabelecendo uma assinatura genética de ferroptose integrada para ferroptose hepática, ou iFerroptose.
A equipe de pesquisa não apenas validou essa assinatura genética em modelos de lesão hepática em humanos e camundongos, mas também destacou como altos níveis séricos de ferro podem predizer recuperação pós-operatória tardia em pacientes com doenças hepáticas.
“Utilizar o conjunto de genes da iFerroptose pode ajudar a compreender melhor as doenças hepáticas relacionadas à ferroptose e oferecer insights sobre potenciais estratégias terapêuticas direcionadas à ferroptose para melhorar os desfechos em pacientes com doenças hepáticas”, concluiu o professor Toshiro Moroishi.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Hepatology Communications (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do Instituto de Ciência de Tóquio (em inglês).
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