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Pesquisadores aplicaram com sucesso Inteligência Artificial (IA) generativa – especificamente LLMs (Large Language Models) – para identificar a retinopatia diabética, uma doença da retina que ameaça a visão e é causada pelo diabetes, além de classificar sua gravidade a partir de prontuários médicos não estruturados.
Esse avanço demonstra o potencial de LLMs para processar conjuntos de dados não estruturados, como os prontuários de pacientes, em uma variedade de aplicações médicas.
O grupo de pesquisa liderado pelo Dr. Kimmo Kaski, professor de Ciência da Computação na Universidade Aalto, na Finlândia, há muito tempo se concentra na detecção de doenças oculares baseada em IA. O grupo explorou anteriormente modelos de IA para análise de imagens, especificamente redes neurais convolucionais profundas, para avaliar a gravidade da retinopatia diabética usando imagens da retina.
Para treinar o novo modelo de IA – chamado DR-GPT -, os pesquisadores usaram mais de 40.000 prontuários de pacientes provenientes de atendimentos especializados no Hospital Universitário de Helsinque entre 2016 e 2019.
Durante esses atendimentos, imagens da retina foram tiradas e os médicos registraram suas observações sobre quaisquer achados significativos, como os sinais e a gravidade da retinopatia diabética, em relatórios de texto não estruturados.
Os pesquisadores destacaram que, embora existam conjuntos de dados globais para retinopatia diabética, eles não refletem a população finlandesa ou as práticas médicas locais. Além disso, o sistema de assistência médica finlandês gera conjuntos de dados suficientemente grandes para treinar a IA.
Extrair a gravidade da retinopatia diabética de prontuários médicos não estruturados é difícil, ou mesmo impossível, com a programação tradicional. “Nós ajustamos um modelo GPT finlandês, originalmente desenvolvido […] na Universidade de Turku, usando os prontuários analisados manualmente. O objetivo era que o modelo classificasse a gravidade da retinopatia diabética descrita nos prontuários médicos de maneira semelhante aos profissionais de saúde”, explicou o Dr. Joel Jaskari, pesquisador de pós-doutorado na Universidade Aalto.
O estudo demonstrou que o novo modelo pode analisar prontuários médicos finlandeses de forma livre com precisão excepcional.
“Pesquisadores ao redor do mundo podem usar um modelo GPT pré-treinado para o idioma escolhido como um modelo fundamental e aplicar as modificações relatadas em nosso estudo. Acredito que o modelo resultante seria semelhante [ao nosso], mas em um idioma diferente”, conclui o Dr. Joel Jaskari.
A pesquisa foi publicada na revista científica PLOS One.
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica PLOS One (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Aalto (em inglês).
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