Notícia com publicação científica
Deficiência de proteína durante a gravidez e lactação pode comprometer qualidade de espermatozoides dos filhos
Em estudo com animais, pesquisadores puderam observar alterações importantes no sistema reprodutor da prole quando as mãe consumiram proteínas limitadas na gravidez e lactação
Anusorn Nakdee via Shutterstock
20 de agosto de 2025, 11:55

Fonte

Maria Fernanda Ziegler, Agência FAPESP

Publicação Original

Áreas

Biologia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Educação Alimentar, Fertilização, Nutrição Clínica, Nutrição Materno Infantil, Qualidade dos Alimentos, Reprodução, Segurança Alimentar

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Resumo

No sistema reprodutor masculino, o epidídimo é responsável pela maturação e armazenamento dos espermatozoides, e portanto tem um papel central na saúde reprodutiva masculina.

Em ratas prenhes alimentadas com dietas normais ou com baixa proteína durante a gestação e a lactação, pesquisadores puderam comparar a evolução do epidídimo da prole para analisar como a restrição proteica da mãe afeta a saúde reprodutiva dos filhos.

Os pesquisadores puderam observar que a restrição proteica materna ocasiona alterações na estrutura e função do epidídimo e, na fase adulta, essas alterações estavam associadas a prejuízos na qualidade dos espermatozoides, o que pode comprometer a fertilidade dos descendentes.

Os resultados da pesquisa destacam como a fome e a insegurança alimentar podem afetar gerações futuras.

Foco do Estudo

Analisar, em experimentos com animais, como a limitação no consumo de proteínas da mãe durante a gravidez e a lactação pode influenciar a saúde reprodutiva da prole.

Por que é importante?

Estudo

Cada vez mais estudos têm demonstrado que combater a fome e a insegurança alimentar hoje é também uma forma de prevenir doenças e promover o bem-estar das próximas gerações. Nosso trabalho é um exemplo disso. Além das doenças associadas aos impactos da restrição proteica materna durante a gestação e lactação de ratos, conseguimos demonstrar que há também impacto na saúde reprodutiva da prole

Dra. Raquel Fantin Domeniconi, professora do Instituto de Biociências da UNESP em Botucatu

Resultados

São adaptações em cima de adaptações para que, mesmo com essa nova estrutura, seja possível que os espermatozoides amadureçam e mantenham sua capacidade de fertilizar. Afinal, do ponto de vista evolutivo, a reprodução é essencial para a sobrevivência da espécie. Mas, se até a capacidade reprodutiva fica comprometida nesses casos, é de se pensar quanto a desnutrição em fases críticas pode causar alterações profundas no organismo

Dra. Raquel Fantin Domeniconi, professora do Instituto de Biociências da UNESP em Botucatu

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora do Instituto de Biociências da Unesp em Botucatu
Mestre em Saúde e Envelhecimento pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)

Publicação

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