
Fonte
Universidade de Sydney
Publicação Original
Áreas
Resumo
Considerando dados populacionais demográficos e de alimentação em 101 países em todo o mundo nos útlimos 60 anos, pesquisadores compararam os efeitos sobre a longevidade do consumo de proteínas de origem vegetal (plant-based) com aquelas de origem animal (animal-based).
Os resultados mostraram dois cenários diferentes: em crianças até 5 anos, o consumo de proteínas de origem animal foi importante para reduzir a mortalidade infantil; já para adultos, o maior consumo de proteínas de origem vegetal esteve associado à maior longevidade.
Foco do Estudo
Por que é importante?
O consumo de altos níveis de proteína de origem animal, particularmente carne processada, tem sido associado a uma série de condições crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer.
Enquanto isso, proteínas vegetais – incluindo leguminosas, nozes e grãos integrais – estão associadas a um menor risco de doenças crônicas e taxas de mortalidade geral, com estudos sugerindo que dietas à base de plantas contribuíram para a longevidade nas comunidades mais longevas do planeta – Okinawa, no Japão, Icaria, na Grécia, e Loma Linda, na Califórnia.
Estudo
Um estudo populacional global realizado por especialistas da Universidade de Sydney, na Austrália, mostrou que cidadãos de países que consomem mais proteínas vegetais – como grão-de-bico, tofu e ervilhas – têm maior expectativa de vida.
Para compreender o impacto das dietas proteicas de origem vegetal e animal na longevidade humana , a doutoranda Caitlin Andrews, o Dr. Alistair Senior e sua equipe de pesquisa no Laboratório de Nutrição e História da Vida da Universidade de Sydney analisaram dados públicos sobre a quantidade de alimentos produzidos por país – incluindo calorias, proteínas e gorduras disponíveis para consumo – e também dados demográficos entre 1961 e 2018 em 101 países.
Uma variedade significativa de sistemas alimentares foi considerada nos países estudados, incluindo países onde o consumo de proteína de origem animal é maior, como Austrália, EUA, Suécia e Argentina, e países onde o consumo de alimentos de origem vegetal é mais prevalente, como Paquistão e Indonésia.
Para comparar o impacto do suprimento alimentar de diferentes países na expectativa de vida, os pesquisadores corrigiram os dados para levar em consideração as diferenças de riqueza e tamanho populacional entre os países.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications.
O conhecimento de que a proteína de origem vegetal está associada a uma vida mais longa é realmente importante, pois consideramos não apenas como nossas dietas impactam nossa própria longevidade, mas também a saúde do planeta
Resultados
Os pesquisadores descobriram que países onde a disponibilidade geral de proteínas de origem vegetal foi maior, como na Índia, tiveram expectativas de vida relativamente maiores do que países onde as proteínas de origem animal foram mais disponíveis, como nos EUA.
Mas os resultados do estudo mostraram diferenças entre populações de crianças e adultos, no que diz respeito a qual tipo de dieta (com mais proteínas de origem animal ou vegetal) contribuiu para a redução da mortalidade.
“Para crianças menores de cinco anos, um sistema alimentar que fornece grandes quantidades de proteínas e gorduras de origem animal – como carne, ovos e laticínios – reduziu as taxas de mortalidade infantil. No entanto, para adultos, aconteceu o inverso: as proteínas de origem vegetal aumentaram a expectativa de vida geral”, concluiu Caitlin Andrews.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Publicação
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