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Telemedicina ajuda a reduzir internações por insuficiência cardíaca
16 de junho de 2025, 14:32

Fonte

Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG

Publicação Original

Áreas

Atenção Primária, Cardiologia, Enfermagem, Medicina, Telemedicina

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Resumo

A partir dos estudos de doutorado de Edmar Geraldo Ribeiro realizados no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ficou comprovado que intervenções de telemedicina podem reduzir reinternações de pacientes por insuficiência cardíaca.

Pesquisadores analisaram resultados de estudo clínico randomizado com 127 pacientes de seis hospitais públicos de Belo Horizonte, e os resultados foram publicados na revista científica Journal of the American Heart Association (JAHA). A tese de doutorado teve a orientação da Dra. Deborah Carvalho Malta, professora de Enfermagem da UFMG.

“A insuficiência cardíaca é uma doença grave, que afeta mais de 64 milhões de pessoas no mundo, sendo a manifestação final e a principal causa de internação hospitalar por doenças cardiovasculares (DCV). Estratégias que contribuem para melhorar o autocuidado do paciente, identificar alterações precoces que poderiam levar à descompensação clínica e otimizar mais rapidamente o tratamento recomendado pelas diretrizes têm o potencial de reduzir a internação hospitalar e a mortalidade da doença”, explicou o Dr. Edmar Ribeiro.

Também participaram do estudo pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFMG, Hospital das Clínicas da UFMG (HC-UFMG), Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Duke, nos EUA.

Na pesquisa, foram incluídos pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca, randomizados para o tratamento usual (grupo controle) ou para uma intervenção multicomponente de intervenções por telemedicina (grupo intervenção, focado no monitoramento terapêutico).

Os pacientes do grupo intervenção receberam suporte telefônico estruturado semanal, liderado por enfermeiros, para monitorar peso, pressão arterial, frequência cardíaca, sinais de descompensação e adesão ao tratamento, promovendo a educação sobre autocuidado, incluindo ajustes na dosagem de diuréticos.

Os resultados da abordagem revelaram que, em 180 dias, apenas 26% do grupo intervenção tiveram readmissões hospitalares relacionadas à insuficiência cardíaca, contra 46% no grupo de cuidado usual/controle. A mortalidade por todas as causas ocorreu em 30% do grupo intervenção, contra 47% no grupo de cuidado usual/controle, evidenciando uma melhoria significativa no controle da insuficiência cardíaca e na qualidade de vida dos pacientes.

Entre os mecanismos responsáveis por essa diferença nos resultados entre os grupos de estudo, os pesquisadores destacaram os ajustes na dosagem de diuréticos, o monitoramento remoto com sinais de alarme em alterações do estado clínico do paciente e o aumento das informações recebidas pelos pacientes sobre a doença e os cuidados necessários.

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Autores/Pesquisadores Citados

Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Professora da Escola de Enfermagem da UFMG

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