
Reprodução, UCLA
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Universidade da Califórnia em Los Angeles
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Resumo
Uma solução tecnológica baseada na experiência de especialista em feridas da UCLA já tornou possível – na Europa, Reino Unido, Canadá e EUA – a identificação precoce da formação de escaras em pacientes acamados ou imobilizados até dez dias antes de se tornarem visíveis.
Agora, o scanner – licenciado para a empresa Bruin Biometrics e usado basicamente em instituições de saúde – está sendo adaptado para uso fora do ambiente de saúde, onde poderá melhorar a prestação de cuidados para pacientes em instituições de longa permanência ou mesmo em casa.
Em 2010, a Dra. Barbara Bates-Jensen, professora de enfermagem da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, viajou ao Haiti para orientar e cuidar de vítimas de um terremoto de magnitude 7,0 que matou ou feriu mais de meio milhão de pessoas e deixou 5 milhões de pessoas desabrigadas.
“Eles estavam deitados em camas de campanha do exército, muitos por três semanas antes de eu chegar, e além dos ferimentos sofridos pelo terremoto, tinham lesões por pressão que chegavam até os ossos”, lembrou a Dra. Bates-Jensen.
Pesquisadora e autora de renome mundial sobre as melhores práticas para o tratamento de feridas, a Dra. Barbara Bates-Jensen é especialista em úlceras de pressão – comumente conhecidas como escaras – que afetam principalmente pessoas imóveis, como pacientes hospitalizados em estado crítico, pessoas com lesões na medula espinhal e residentes de casas de repouso.
Apenas nos EUA, estima-se 2,5 milhões de pessoas desenvolvam úlceras de pressão a cada ano, e cerca de 60.000 morram por complicações relacionadas. O sistema de saúde americano gasta até US$ 11,6 bilhões anualmente para tratar essas úlceras de pressão. E o mais impressionante: elas são preveníveis em 95% dos casos.
Tradicionalmente, enfermeiros identificam escaras observando a descoloração da pele. Mas, quando a vermelhidão é observada, o dano já está feito. Os dados também mostram que indivíduos com tons de pele mais escuros, incluindo pacientes negros e latinos, têm maior prevalência de úlceras de pressão graves porque a descoloração é mais difícil de ser percebida.
A melhor parte é que o dispositivo não se importa com a cor da pele, porque ele não está olhando para a pele — está lendo abaixo dela. Então você está criando uma situação mais equitativa, onde pode detectar os danos de todos
Em conjunto com um cientista da computação e um engenheiro da UCLA, a professora Barbar Bates-Jensen inventou o Scanner SEM, o primeiro dispositivo portátil sem fio para avaliação de feridas, que foi licenciado pela UCLA para a empresa Bruin Biometrics.
O scanner mede o edema sob a pele, que é um marcador biofísico de danos teciduais precoces, e pode detectar lesões por pressão em estágio inicial até 10 dias antes que o dano seja visível.
Atualmente, o Scanner SEM está em uso em hospitais na Europa, Reino Unido, Canadá e EUA. Nos EUA, estima-se que tenha sido usado em mais de 1 milhão de pacientes e prevenido 50.000 lesões por pressão.
Agora, a Dra. Bates-Jensen, está envolvida em um estudo que pode tornar o dispositivo disponível fora do ambiente clínico — em casas de repouso, cujos residentes vulneráveis correm alto risco de escaras.
“Acreditamos que este estudo também nos dirá muito sobre como podemos implementar melhor a tecnologia neste tipo de ambiente de saúde, além de contribuir para os dados crescentes que analisam os tons de pele e como isso pode impactar a prestação de cuidados”, concluiu a professora.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade da Califórnia em Los Angeles (em inglês).
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