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Laura Reiley, Cornell Chronicle
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Resumo
Uma startup com origem na Universidade de Cornell, nos EUA, está desenvolvendo uma nova tecnologia que não precisa de contato para capturar sinais importantes vitais da saúde de uma pessoa, principalmente do coração e pulmões.
A solução usa sistemas de sensoriamento de campo próximo que direcionam sinais eletromagnéticos para o tecido corporal, detectando movimentos internos como batimentos cardíacos e fluxo sanguíneo.
Viabilizando o monitoramento contínuo fora do ambiente hospitalar, a startup pretende reduzir casos de internações e reinternações, melhorando a qualidade de vida do paciente e também reduzindo os custos e a carga dos sistemas de saúde.
A startup SensVita, originada nos laboratórios da Universidade Cornell, nos EUA, está desenvolvendo uma plataforma de sensores de nível clínico capaz de monitorar a saúde cardíaca e pulmonar em casa – sem fios, sem eletrodos e sem contato com a pele.
A ideia é audaciosa: usar sensores de radiofrequência de campo próximo para detectar pequenos movimentos fisiológicos dentro do corpo. Os sensores da SensVita podem ficar em um quarto, em um móvel ou até mesmo em uma roupa próxima, monitorando continuamente as métricas cardíacas e respiratórias sem causar nenhum incômodo aos pacientes.
A tecnologia – que teve origem no laboratório do Dr. Edwin Kan, professor da Escola de Engenharia da Universidade Cornell – poderia fornecer dados em tempo real para pacientes e médicos sem a necessidade de dispositivos complexos ou procedimentos invasivos.
Os pesquisadores desenvolveram sistemas de sensoriamento de campo próximo que direcionam sinais eletromagnéticos para o tecido corporal, detectando movimentos internos como batimentos cardíacos e fluxo sanguíneo.
O Dr. Thomas Conroy transformou a pesquisa na SensVita enquanto estudava em Cornell. Ele fundou a SensVita com seu pai, James Conroy, que já tinha experiência no setor de dispositivos médicos. Eles esperam expandir a plataforma de sensores, transformando-a de um protótipo em um produto comercial que possa ser adotado por sistemas de saúde, pacientes com doenças crônicas e provedores de monitoramento remoto.
A SensVita oferece uma forma passiva e sem contato de monitorar a atividade cardíaca e respiratória. A primeira aplicação em humanos seria para pacientes difíceis de monitorar – pacientes com problemas de memória ou neonatos
A startup está atualmente no ecossistema de empreendedorismo da Cornell. No início de 2025 a SensVita recebeu um investimento de US$ 305.000 (cerca de R$ 1,6 milhão) da Fundação Nacional de Ciência (NSF) na Fase I para impulsionar sua tecnologia rumo a estudos piloto e comercialização.
O Dr. Thomas Conroy destacou que a SensVita tem foco no gerenciamento de doenças crônicas – especialmente insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), apneia do sono e outras condições que exigem monitoramento frequente.
O empreendedor acredita que dados contínuos podem detectar declínios sutis na função antes que se agravem e resultem em hospitalizações. O mercado é considerável: o monitoramento remoto é um tema central na inovação em saúde, pois reinternações hospitalares frequentes têm um custo muito alto e representam grande parte da sobrecarga nos sistemas de saúde para doenças crônicas.
A tecnologia da SensVita pretende se posicionar como recurso complementar – não substituindo eletrocardiogramas ou exames de imagem, mas preenchendo a lacuna no monitoramento contínuo.
À medida que os investidores buscam cada vez mais tecnologias de saúde passivas, não invasivas e fáceis de escalar, o modelo sem contato da SensVita pode ser atraente, principalmente para ambientes domiciliares, residências assistidas ou para pacientes que resistem aos dispositivos vestíveis tradicionais.
Se os testes pré-clínicos em animais e os estudos clínicos em humanos forem bem-sucedidos, a empresa poderá se tornar uma fornecedora fundamental no setor de monitoramento remoto de pacientes (MRP), que está em rápida expansão.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Cornell (em inglês).
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