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Resumo
Um novo projeto de pesquisa e inovação tecnológica vinculado ao Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) pretende oferecer uma alternativa de tratamento tópico para a esporotricose, uma micose subcutânea causada pela ação de fungos (do gênero Sporothrix) e de origem zoonótica (S. brasiliensis).
Com crescente ocorrência em gatos e cães, a incidência da esporotricose tem aumentado também em seres humanos que têm contato com animais doentes ou que se ferem com espinhos e galhos. Quem faz o alerta é o coordenador do projeto, o Dr. Luciano Aparecido Panagio, professor do Departamento de Microbiologia da UEL.
O objetivo do projeto é preparar uma formulação com nanopartículas de prata e sinvastatina, criando um produto com ação antimicrobiana contra os fungos causadores da esporotricose e de outras doenças. Além da formulação de uso tópico (como loção ou pomada), serão desenvolvidas preparações para o uso em ambiente, como desinfetantes e saneantes.
Os estudos estão em fase de testes de laboratório para que se estabeleça uma concentração segura para uso. É planejada uma próxima fase de testes em animais, seguindo protocolos estabelecidos e observando preceitos éticos e de bem-estar animal. Já os testes em seres humanos estão em um horizonte mais longo, devido à complexidade e custos.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, dos 27 estados do Brasil, 26 apresentam diagnósticos confirmados. Em 2023, 1.239 casos foram registrados no País, e mais 945 casos foram notificados até junho de 2024, caracterizando uma epidemia.
“Devido ao aumento exponencial do número de casos, sentimos a necessidade da pesquisa”, destacou o professor. Em 2025, a esporotricose humana passou a ser doença de notificação compulsória, enquanto a forma animal é obrigatória em alguns estados.
Os principais indícios de contágio são o surgimento de feridas na pele, como micoses elevadas e nodulares. Existem tratamentos atualmente, mas que podem durar, aproximadamente, de três meses a um ano, segundo o Ministério da Saúde.
O professor Luciano Panagio destacou que “o tratamento é caro e apresenta efeitos colaterais e, portanto, também se faz importante a observância de medidas preventivas. Por isso, o projeto visa também o controle do fungo no ambiente, especialmente nos locais em que os animais permanecem a maior parte do tempo”, concluiu.
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