Leitura rápida

Novo projeto de pesquisa pode transformar tratamento da hipertensão
19 de dezembro de 2024, 10:47

Fonte

Helen Borne, Universidade de Auckland

Publicação Original

Áreas

Biomedicina, Biotecnologia, Cardiologia, Farmacologia, Farmacovigilância, Farmácia Clínica, Genética, Genômica, Medicina

Compartilhar

Resumo

A hipertensão – principal fator de risco para a doença cardiovascular, que é uma das principais causas de mortes no mundo – é especialmente perigosa porque é assintomática. Muitas pessoas nem sabem que são hipertensas e, entre os que sabem, muitos permanecem hipertensos mesmo com medicamentos.

Com foco no controle da pressão arterial, pesquisadores da Nova Zelândia  estão trabalhando em um projeto de pesquisa de duas frentes, que abrange o desenvolvimento de um novo diagnóstico para controlar melhor a hipertensão e também um ‘novo’ medicamento, que seria redirecionado.

O primeiro passo é entender por que os medicamentos para pressão arterial têm uma taxa de sucesso tão baixa. “Isso se deve em grande parte à falta de avaliação individual do paciente e de uma abordagem de prescrição empírica. Quando um clínico geral prescreve medicamentos para pressão alta, nenhum diagnóstico é feito sobre o motivo pelo qual seu corpo gerou essa condição”, disse o Dr. Julian Paton, professor de Fisiologia Translacional e diretor do Centro de Pesquisa Cardíaca da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.

Neste sentido, os pesquisadores pretendem desenvolver uma triagem de DNA inovadora para revelar os melhores medicamentos para pressão arterial. Se for bem-sucedido, será o primeiro teste desse tipo no Hemisfério Sul.

Embora não possam compartilhar muito durante a fase de desenvolvimento, os pesquisadores esperam que a pesquisa, por meio da genética, possa predizer com precisão o medicamento ou medicamentos mais eficazes para pacientes hipertensos que ajudariam a melhorar o tratamento da pressão arterial.

“Esperamos criar um teste que possa ser feito no consultório médico ou ao lado do leito. Isso indicaria os medicamentos com melhor resposta, eliminando as suposições que ocorrem no momento e permitindo um grau de medicação personalizada com base na genética [do paciente]”, explicou a Dra. Amanda Dixon-McIver, diretora do Laboratório de Genômica IGENZ, em Auckland.

A equipe também planeja testar pré-clinicamente uma nova forma de terapia para controlar a pressão arterial. Tendo estabelecido uma conexão entre o sistema nervoso autônomo do corpo e a pressão elevada, os pesquisadores testarão um medicamento existente aprovado na Europa para uso humano para uma doença diferente. Se funcionar, eles avançarão para os primeiros testes em humanos. “Este será um tipo completamente novo de medicamento que afetará um sistema diferente, que acreditamos estar fora de controle em muitos pacientes “, concluiu o Dr. Julian Paton.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Professor de Fisiologia Translacional da Universidade de Auckland
Diretora do Laboratório de Genômica IGENZ

Mais Informações

Leia também:

Rolar para cima