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Usando nanotecnologia, pesquisadoras desenvolvem produto cosmético para hidratação e restauração de pele e cabelos a partir do óleo de vísceras da tilápia
13 de março de 2025, 12:09

Fonte

Sérgio de Sousa, Agência UFC

Publicação Original

Áreas

Biomateriais, Cosmética, Desenvolvimento de Fármacos, Entrega de Medicamentos, Higiene, Indústria Farmacêutica, Nanotecnologia, Produtos Naturais, Toxicologia

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Resumo

Pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram um produto de uso farmacêutico e cosmético a partir do óleo obtido de vísceras da tilápia.

Trata-se de um óleo com ação hidratante e restauradora da pele e dos cabelos, que utiliza nanotecnologia para ampliar sua eficácia e reduzir reações adversas. A inovação acaba de receber carta-patente e agora segue para registro e comercialização.

Os testes realizados pelas pesquisadoras comprovaram que o óleo de tilápia desenvolvido, quando utilizado em máscaras capilares, é eficaz em selar as cutículas e restaurar o aspecto saudável de cabelos danificados por descoloração química e/ou uso de secadores.

Outros ensaios in vitro também demonstraram que o óleo e suas formulações, por meio da nanotecnologia, são eficazes na distribuição de bioativos nas camadas internas da pele (epiderme e derme). Com isso, o produto mostrou seu potencial para superar uma das principais limitações de produtos farmacêuticos: a penetração cutânea.

“Os resultados indicam que o óleo de tilápia é uma alternativa inovadora e eficaz tanto para o cuidado capilar quanto para o desenvolvimento de soluções mais eficientes para a saúde da pele”, destacou a Dra. Nágila Ricardo, professora do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC e uma das autoras da inovação.

As vísceras da tilápia são um material de conteúdo oleoso que possui baixo valor nutricional, não competindo com outros peixes, como o salmão, na indústria alimentícia. Por essa razão, o óleo da tilápia recebe outras aplicações, sendo usado como emoliente para tinturas ou como impermeabilizante, mas parte considerável de sua produção é descartada inadequadamente em aquíferos ou em aterros sanitários, sendo responsável, causando danos ambientais.

“Aproveitar este óleo em uma nova rota produtiva surge como uma solução sustentável e eficiente, reintegrando-o à cadeia produtiva”, concluiu a professora Nágila.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC

Instituições Citadas

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