
Fonte
Universidade de Queensland
Publicação Original
Áreas
Resumo
Na Austrália, pesquisadoras estão iniciando estudo clínico para mostrar a eficácia e a segurança de um novo medicamento de imunoterapia para tratar o diabetes tipo 1.
Com o medicamento, as pesquisadoras esperam que as doses necessárias de insulina administradas sejam significativamente reduzidas, de modo a melhorar a qualidade de vida de pessoas com a doença, que já se manifesta, na maioria das vezes, na infância.
Pesquisadoras da Universidade de Queensland, na Austrália, estão iniciando o primeiro estudo clínico de medicamento de imunoterapia potencialmente revolucionário para tratar o diabetes tipo 1.
A Dra. Ranjeny Thomas, professora da Universidade de Queensland, liderou o desenvolvimento de um medicamento de imunoterapia direcionado, o ASITI-201, que foi desenvolvido para reequilibrar a resposta imunológica do corpo e proteger as células pancreáticas produtoras de insulina.
A Dra. Aakansha Zala, pesquisadora principal do estudo, afirmou que o medicamento candidato visa preservar ao máximo a função pancreática pelo maior tempo possível em pessoas recentemente diagnosticadas com diabetes tipo 1, a fim de reduzir a quantidade de insulina que precisam administrar.
Em pessoas com diabetes tipo 1, o sistema imunológico começa a reconhecer as células pancreáticas como algo que precisa atacar, e, no momento, o único tratamento disponível é a reposição de insulina. Então, adotamos uma nova abordagem e desenvolvemos o ASITI-201 usando uma proteína do pâncreas, juntamente com vitamina D, para suavizar a resposta imunológica. Este tratamento potencial utiliza a capacidade de cura do sistema imunológico e tem sido bem-sucedido no controle da doença em camundongos
Até agora, as pesquisadoras aplicaram doses do medicamento em 5 participantes, mas esperam expandir o estudo clínico: “Estamos procurando pessoas com mais de 18 anos que tenham sido diagnosticadas com diabetes tipo 1 nos últimos 5 anos para participar do estudo no Centro de Pesquisa Clínica do Instituto de Pesquisa Translacional, localizado no Hospital Princesa Alexandra de Brisbane [na Austrália]”, disse a Dra. Aakansha Zala.
“Em última análise, precisamos avançar para estudos maiores que incluam crianças, que apresentam uma progressão muito mais rápida para a dependência de insulina”, disse a pesquisadora.
O estudo está sendo financiado pelo Medical Research Future Fund, por meio da incubadora nacional de biotecnologia da Austrália, a CUREator, que ajudou a formar a empresa Liperate Therapeutics, uma startup iniciada na Universidade de Queensland.
A prova de conceito pré-clínica do medicamento foi apoiada por diversos investimentos, totalizando $ 2,54 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 9,3 milhões). Posteriormente a equipe de pesquisa recebeu mais $ 5,33 milhões (quase R$ 19,6 milhões) para concluir o desenvolvimento pré-clínico do candidato a medicamento.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Queensland Austrália (em inglês).
Notícias relacionadas

Instituto de Tecnologia de Massachusetts

Universidade Técnica de Munique