
Fonte
Maria Fernanda Ziegler, Agência FAPESP
Publicação Original
Áreas
Resumo
Usando sensores vestíveis, pesquisadores da UNESP avaliaram adultos durante a prática de atividades esportivas, bem como realizaram um recordatório de esportes realizados durante a infância e adolescência.
Com os dados, os pesquisadores puderam concluiu que praticar esportes durante a infância e adolescência pode trazer benefícios cardiovasculares para a vida adulta, independente do nível de atividade no individuo adulto.
Foco do Estudo
Estudo
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) analisaram se a prática precoce de esportes na fase da infância e da adolescência traz benefícios cardiovasculares na vida adulta.
O estudo envolveu 242 voluntários, com 40 anos de idade em média, que realizaram um recordatório histórico de prática esportiva.
Então, foram feitos testes para identificar parâmetros da modulação autonômica cardíaca (controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso autônomo). Foram utilizados sensores vestíveis nos participantes, com captação dos batimentos cardíacos e transferência dos dados para um dispositivo, bem como um acelerômetro, para quantificar o tempo e a intensidade da atividade física no dia a dia.
O estudo foi publicado na revista científica Sports Medicine Open.
Sabemos que o exercício físico é um estressor, tanto que o esperado é que a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentem durante a prática de exercício. Isso se deve, em parte, a ajustes do sistema nervoso autônomo. Mas o que acontece com o organismo quando ocorre a prática regular de esportes na infância e adolescência? Vão surgindo adaptações para chegar ao equilíbrio ideal, com predominância do parassimpático
Resultados
Os participantes que na infância ou adolescência praticaram esportes apresentaram melhores parâmetros tanto na variabilidade global da modulação autonômica cardíaca quanto da modulação parassimpática.
As vantagens observadas estão relacionadas à modulação autonômica cardíaca, um importante marcador de risco cardiovascular e de mortalidade.
Os resultados indicaram que a melhora observada no controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso autônomo independe do nível de atividade física na fase adulta.
O exercício promove uma série de adaptações para que o organismo responda mais adequadamente a situações de estresse. E isso se mantém mesmo que a atividade física seja menor na vida adulta.
Esses resultados são mais um argumento a favor de que a prática esportiva seja incentivada desde cedo
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