Notícia com publicação científica
Com células-tronco, pesquisadores geram assembloides 3D e mostram como genes da epilepsia afetam diferentes regiões do cérebro
Pesquisadores usaram células-tronco derivadas de pacientes com encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento tipo 13 (DEE-13) para modelar como variantes genéticas que causam epilepsia afetam diferentes regiões do cérebro

Kevin Lozano, Laboratório do Dr. Ranmal Samarasinghe, UCLA

Imagem microscópica de organoide hipocampal derivado de células-tronco humanas. Quando o tecido carrega uma variante causadora de epilepsia no gene SCN8A, neurônios inibitórios (em vermelho) são interrompidos e os padrões de atividade das ondas cerebrais hipocampais são alterados

11 de setembro de 2025, 11:42

Fonte

Tiare Dunlap, UCLA

Publicação Original

Áreas

Biologia, Biotecnologia, Engenharia Biológica, Engenharia de Tecidos, Genética, Genômica, Microbiologia, Neurociências, Neurologia, Patologia, Pediatria, Proteômica

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Resumo

Pesquisadores utilizaram células-tronco pluripotentes induzidas derivadas de pacientes com um tipo específico de epilepsia para desenvolver assembloides 3D de duas áreas cerebrais importantes: o córtex e o hipocampo.

Então, depois de validar os modelos desenvolvidos, os pesquisadores puderam observar como a epilepsia se manifesta de modo diferente nas duas áreas cerebrais.

Nos modelos corticais, as variantes do gene SCN8A – relacionado à epilepsia analisada –  tornaram os neurônios hiperativos, mimetizando a atividade convulsiva, enquanto nos modelos hipocampais, as variantes genéticas interromperam os ritmos cerebrais associados ao aprendizado e à memória.

Além das implicações para o tratamento da epilepsia, a técnica de assembloides 3D também pode ser valiosa para o estudo do autismo, da esquizofrenia e da doença de Alzheimer — todas condições nas quais a função hipocampal desempenha um papel crucial.

Foco do Estudo

Usar assembloides 3D para mostrar como um gene relacionado a um tipo específico de epilepsia afeta diferentes regiões do cérebro.

Por que é importante?

Estudo

As convulsões são o que levam as famílias à clínica, mas para muitos pais, as maiores dificuldades diárias são os outros sintomas — problemas de aprendizagem, comportamento e sono. O que descobrimos é que esses problemas cognitivos não são apenas efeitos colaterais das convulsões. Eles provavelmente surgem de perturbações distintas no próprio hipocampo. Compreender essas perturbações hipocampais é o primeiro passo para identificar tratamentos que possam ajudar a lidar com toda a gama de sintomas

Dr. Ranmal Samarasinghe, neurologista clínico da UCLA e coautor sênior do estudo

Resultados

Este é um ponto de partida para uma área de pesquisa totalmente nova. Agora temos um sistema para investigar como diferentes doenças afetam os circuitos de aprendizagem e memória e, no futuro, explorar se terapias experimentais podem melhorar a atividade cerebral nesses modelos.

Dr. Bennett Novitch, professor de Neurobiologia da UCLA e coautor sênior do estudo

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Autores/Pesquisadores Citados

Neurologista clínico da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)
Professor de Neurobiologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)

Publicação

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