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Pesquisadores estudam compostos naturais que poderiam retardar o envelhecimento da pele

Fonte

Sueli de Freitas e Leandro Reis, UFES

Publicação Original

Áreas

Bioquímica, Biotecnologia Alimentar, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Envelhecimento, Nutrição Funcional, Produtos Naturais, Suplementos

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Resumo

Pesquisadores publicaram um estudo inédito que avaliou o potencial de alguns compostos bioativos naturais na prevenção e tratamento do envelhecimento cutâneo.

O estudo destacou os efeitos de quatro substâncias promissoras: astaxantina, curcumina, quercetina e resveratrol.

A astaxantina é um potente antioxidante – cem vezes mais forte que a vitamina E – com função de neutralizar radicais livres, e pode ser encontrada em alimentos como salmão selvagem, truta vermelha, camarão, lagosta, caranguejo e em óleo de krill, além de microalgas usadas em suplementos naturais.

A curcumina é o principal composto ativo da cúrcuma e tem propriedades anticâncer e neuroprotetoras.

A quercetina é um antioxidante e antiviral amplamente presente em vegetais, como cebola roxa, brócolis, couve e alcaparras; em frutas, como maçã, uvas, mirtilo, amora e cranberry; e nos chás verde e preto.

E o resveratrol atua na proteção cardiovascular e tem ação anticancerígena, e é encontrado em uvas pretas, principalmente na casca, no vinho tinto, cacau e chocolate amargo, amendoim, mirtilos, amoras e cranberries.

“São substâncias que apresentam propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes capazes de modular vias moleculares associadas à senescência da pele, como os genes IL-6, TNF-α, TAB1 e TP53, além de atuarem na regulação da via KEAP1-NRF2, fundamental para a resposta ao estresse oxidativo e a integridade da pele”, afirmou a Dra. Débora Meira, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Na avaliação da professora, “o estudo reforça a aplicação desses bioativos tanto em formulações cosméticas quanto em terapias orais, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos produtos e reforçando o papel da ciência brasileira na busca por soluções inovadoras para o bem-estar e a qualidade de vida”.

Os pesquisadores realizaram avaliações por meio de simulações computacionais (estudo in silico): “Utilizamos redes de interação proteína-proteína (PPINs) para mapear os mecanismos de ação dos compostos. Foram identificados processos biológicos relacionados à resposta ao estresse oxidativo e a fenótipos associados ao sistema vascular, imunológico e inflamatório”, explicou a professora.

A pesquisa contou com a participação de cientistas do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFES e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) na UFES, liderados pela Dra. Débora Meira e pelo Dr. Iúri Drumond, em parceria com o Dr. Elizeu Fagundes, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

O estudo foi publicado na revista científica Computational Biology and Chemistry.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora do Núcleo de Genética Humana e Molecular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Professor do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (IBRAG) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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