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Pesquisa de iniciação científica descobre compostos contra o vírus chikungunya e gera pedido de patente
4 de junho de 2025, 14:42

Fonte

Fiocruz Pernambuco

Publicação Original

Fundação Oswaldo Cruz

Áreas

Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Farmacologia, Microbiologia, Toxicologia, Virologia

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Resumo

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) depositou um pedido de patente referente a compostos com potencial antiviral contra o vírus chikungunya: as moléculas triazólicas conjugadas com bases pirimídicas.

As moléculas conseguiram inibir a replicação do vírus em testes in vitro, com baixa toxicidade celular. A descoberta ocorreu durante um projeto de iniciação científica.

Os testes em laboratório indicaram que as moléculas atuam na fase de replicação do vírus chikungunya, impedindo sua proliferação nas células infectadas.

Os resultados também mostraram que os compostos apresentaram alta viabilidade celular, o que indica um  baixo potencial de causar danos às células, um requisito importante para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos.

A descoberta foi realizada durante a iniciação científica de Melyssa Gabriely Silva no Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), sob orientação do pesquisador Lindomar Pena. A síntese dos compostos foi realizada pelo grupo do Dr. Ronaldo de Oliveira, professor  da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),  parceiro da Fiocruz há vários anos em pesquisas sobre antivirais.

Além dos estudos in vitro, análises computacionais indicaram que os compostos inibem a polimerase viral, enzima responsável pela replicação do genoma do vírus (mecanismo responsável pela sua reprodução). “Esses compostos foram pouco tóxicos para as células e muito eficazes contra o vírus chikungunya”, afirmou o Dr. Lindomar Pena.

A equipe pretende iniciar os estudos pré-clínicos em modelo animal em 2026. Os testes clínicos, necessários para a formulação de um novo medicamento, ainda não têm previsão de início. O pedido de patente foi feito em parceria com a UFRPE e representa um avanço na pesquisa de antivirais no Brasil, especialmente diante da ausência de medicamentos aprovados para o tratamento da febre chikungunya. A doença tem gerado impacto recorrente em saúde pública, sobretudo em países de clima tropical, como o Brasil.

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Autores/Pesquisadores Citados

Melyssa Gabriely Silva

Estudante de iniciação científica na Fiocruz Pernambuco

Dr. Lindomar Pena

Pesquisador da Fiocruz Pernambuco

Dr. Ronaldo de Oliveira

Professor  da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Mais Informações

Acesse a notícia original completa na página da Fiocruz.

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