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Pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, identificaram um mecanismo que impulsiona o câncer de próstata neuroendócrino, um subtipo raro e altamente agressivo para o qual atualmente não existem opções de tratamento eficazes.
As descobertas, publicadas na revista científica Genes & Development, mostraram que tumores de próstata em camundongos se tornaram mais agressivos quando a proteína ERRγ estava ausente, enquanto a restauração de sua produção em células cancerígenas humanas reverteu esse efeito.
Tumores que param de responder à terapia hormonal evoluem para câncer de próstata neuroendócrino em cerca de 15% dos pacientes, de acordo com pesquisas anteriores. Após essa mudança, a expectativa de vida geralmente cai para menos de 18 meses.
“A resistência à terapia continua sendo um dos maiores desafios no tratamento do câncer, e o câncer de próstata não é exceção”, disse o Dr. Vincent Giguère, professor do Departamento de Bioquímica da Universidade McGill e autor principal do estudo. “Nossos resultados destacam a ERRγ como um novo alvo terapêutico promissor”, continuou.
Descobertas pré-clínicas lideradas pela Dra. Ting Li, pesquisadora de pós-doutorado no laboratório do professor Vincent Giguère e primeira autora do estudo, mostraram que cânceres neuroendócrinos da próstata apresentam níveis muito mais baixos de ERRγ do que outros tipos de tumores de próstata. A remoção da proteína em camundongos acelerou a progressão tumoral, enquanto a reativação da proteína em células de câncer de próstata humano reverteu o processo, confirmando seu efeito protetor.
Os pesquisadores utilizaram análises genéticas e metabólicas avançadas para compreender como a perda da proteína ERRγ impulsiona o crescimento tumoral. A pesquisa revelou que dois genes ligados ao câncer tornam-se hiperativos quando a ERRγ está ausente.
Como já existem medicamentos que bloqueiam esses genes para outros tipos de câncer, a equipe testou dois deles em células de câncer de próstata de camundongos e humanos. Quando combinados, os dois medicamentos retardaram o crescimento cancerígeno de forma muito mais eficaz do que qualquer um deles isoladamente.
“Essas descobertas têm grandes implicações clínicas. Ao direcionar os genes que assumem o controle quando a atividade da ERRγ está baixa ou ausente, abrimos caminho para novas estratégias de tratamento para pacientes que atualmente têm poucas opções”, concluiu o Dr. Vincent Giguère.
O estudo foi realizado em colaboração com o Dr. Jin-Jian Lu, professor da Universidade de Macau.
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Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica Genes & Development (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade McGill (em inglês).
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