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Novo relatório indica que mudanças climáticas já causam mais de meio milhão de mortes por ano
3 de novembro de 2025, 16:28

Fonte

Nick Hodgson, UCL

Publicação Original

University Colege London

Áreas

Carbono, Ciência Ambiental, Clima, Desigualdade Socioambiental, Engenharia Ambiental, Engenharia de Energia, Geociências, Geografia, Gestão Ambiental, Governança Ambiental, Monitoramento Ambiental, Mudanças Climáticas, Saúde Ambiental, Sustentabilidade

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Resumo

O relatório anual Lancet Countdown de 2025 sobre Saúde e Mudanças Climáticas, publicado pela revista científica The Lancet, revelou que a dependência excessiva de combustíveis fósseis e a incapacidade de adaptação às mudanças climáticas estão tendo um custo em vidas, saúde e meios de subsistência.

O relatório revelou que a mortalidade relacionada ao calor por 100.000 habitantes aumentou 23% desde a década de 1990, com as mortes relacionadas ao calor atingindo uma média de 546.000 por ano entre 2012 e 2021.

Os cientistas estão pedindo aos governos de todo o mundo que acelerem a eliminação gradual dos combustíveis fósseis para desacelerar as mudanças climáticas e proteger vidas, afirmando que essa medida, combinada com outras, poderia salvar mais de dez milhões de vidas por ano.

A Dra. Marina Romanello, Diretora Executiva do Lancet Countdown e pesquisadora sênior da University College London (UCL), no Reino Unido, destacou: “O balanço de saúde deste ano pinta um quadro sombrio e inegável dos danos devastadores à saúde que atingem todos os cantos do mundo – com ameaças recordes à saúde causadas pelo calor, eventos climáticos extremos e fumaça de incêndios florestais, matando milhões de pessoas. A destruição de vidas e meios de subsistência continuará a aumentar até que acabemos com nossa dependência de combustíveis fósseis e aprimoremos drasticamente nossa capacidade de adaptação”.

“Já temos as soluções em mãos para evitar uma catástrofe climática – e comunidades e governos locais em todo o mundo estão provando que o progresso é possível. Ao mesmo tempo, a transição para dietas mais saudáveis ​​e amigas do clima, e para sistemas agrícolas mais sustentáveis, reduziria drasticamente a poluição, os gases de efeito estufa e o desmatamento, potencialmente salvando mais de dez milhões de vidas por ano”, enfatizou a especialista.

Números Alarmantes

Só em 2024, a poluição do ar causada pela fumaça de incêndios florestais foi associada a um número recorde de 154 mil mortes.

Cerca de 2,5 milhões de mortes por ano são atribuíveis à poluição do ar proveniente da queima contínua de combustíveis fósseis. O acesso extremamente desigual à tecnologia e às energias limpas faz com que as comunidades mais vulneráveis ​​dependam de combustíveis poluentes e prejudiciais.

Apenas 3,5% da eletricidade em países de baixa renda provém de fontes renováveis ​​limpas, em comparação com 13,3% em países ricos, enquanto 88% dos domicílios em países mais pobres ainda dependem de biomassa poluente para cozinhar e aquecer suas casas.

O relatório foi produzido em colaboração com a Organização Mundial da Saúde e representa o trabalho de 128 especialistas renomados de 71 instituições acadêmicas e agências das Nações Unidas em todo o mundo.

Publicado antes da 30ª Conferência das Partes (COP) da ONU, o relatório oferece a avaliação mais abrangente até o momento sobre as conexões entre mudanças climáticas e saúde, incluindo novas métricas que registram mortes por calor extremo e fumaça de incêndios florestais, a cobertura de espaços azuis urbanos (rios, lagos e litorais), financiamento para adaptação em saúde e engajamento individual com saúde e mudanças climáticas.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Dra. Marina Romanello

Diretora Executiva do Lancet Countdown e pesquisadora sênior da University College London (UCL)

Instituições Citadas

University College London (UCL)

Publicação

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a revista científica The Lancet (em inglês).

Mais Informações

Acesse o relatório anual Lancet Countdown de 2025 sobre Saúde e Mudanças Climáticas  (em inglês).

Acesse a notícia original completa na página da University College London (em inglês).

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