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Resumo
O Projeto ORION – um novo projeto de pesquisa que reúne cerca de vinte parceiros em torno de tratamentos personalizados contra o câncer – é um dos quatro projetos selecionados pela Agência Federal Suíça de Inovação (Innosuisse), como parte de sua iniciativa principal, “Inteligência Artificial nas Ciências da Vida, sob a Perspectiva da Saúde Humana”.
Com um orçamento de quase 13 milhões de francos suíços (cerca de R$ 85 milhões), o projeto será executado entre novembro de 2025 a novembro de 2029.
O objetivo do projeto ORION é ajudar a melhorar o tratamento de cada paciente com câncer, a partir de cópias do tumor do paciente em laboratório.
Esses ‘minitumores’ devem permitir que os pesquisadores testem diferentes tratamentos, facilitando a busca pelo tratamento mais eficaz para cada pessoa, além de ajudar os pesquisadores a desenvolver novos medicamentos contra o câncer.
“Esses minitumores, também chamados de organoides tumorais, estão transformando nossa compreensão e tratamento do câncer”, explica a Dra. Marianna Kruithof de Julio, professora da Universidade de Berna, na Suíça. “Nosso centro de pesquisa translacional de organoides desempenha um papel central neste projeto, fornecendo a expertise e a infraestrutura necessárias para criar modelos de organoides clinicamente relevantes que impulsionem a inovação terapêutica em oncologia. No entanto, projetar modelos tumorais específicos para cada paciente que reproduzam a complexidade dos tecidos reais continua sendo um desafio”, destacou a professora.
A microfábrica ORION é uma evolução da microfábrica desenvolvida no Laboratório MicroLean da Haute Ecole Arc Ingénierie (HE-Arc Ingénierie), na Suíça: o laboratório cria pequenas fábricas autônomas, controladas por inteligência artificial, capazes de fabricar diversos produtos.
“Após seis anos desenvolvendo microfábricas autônomas na indústria relojoeira dentro do MicroLean Lab, o projeto ORION está transferindo esse conceito visionário para a indústria de Biotecnologia Médica”, explicou o Dr. Nabil Ouerhani, Diretor Adjunto da HE-Arc Ingénierie e chefe de Pesquisa & Desenvolvimento e Educação Continuada. “Nossas equipes em La Chaux-de-Fonds e Saint-Imier estão unindo forças com um consórcio de 23 parceiros para avançar na pesquisa de tratamentos personalizados contra o câncer”, continuou.
“Minitumores derivados de pacientes oferecem grande esperança para acelerar os tratamentos personalizados contra o câncer. No entanto, ainda é difícil reproduzi-los fielmente ao tumor original”, acrescentou o Dr. Jérôme Charmet, chefe do projeto ORION. “Nossa microfábrica tornará esse processo mais rápido e confiável, além de nos permitir testar inúmeras terapias, avançando assim a oncologia personalizada”, concluiu.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Berna (em inglês).
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