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Glicoengenharia pode ajudar a encontrar novas abordagens para a imunoterapia em casos de câncer colorretal
13 de fevereiro de 2025, 13:40

Fonte

Luísa Melo, i3S

Publicação Original

Áreas

Bioquímica, Desenvolvimento de Fármacos, Engenharia Biológica, Farmácia Oncológica, Imunologia, Imunoterapia, Medicina, Medicina de Precisão, Microbiologia, Nanotecnologia Farmacêutica, Oncologia, Toxicologia

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Resumo

Um projeto liderado pela Dra. Salomé Pinho, pesquisadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, em Portugal, pretende usar a glicoengenharia para criar estratégias de imunoterapia mais eficazes contra o câncer colorretal, combatendo com sucesso o maior número possível de tumores malignos.

Com foco em superar as principais limitações da imunoterapia em tumores sólidos, o projeto conta com a participação de cientistas dos EUA, da Alemanha e da Suíça e com a colaboração do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHPorto) e do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto).

Ao contrário da quimioterapia e da radioterapia, que atacam as células malignas e muitas vezes também as células saudáveis ao redor, a imunoterapia baseia-se na estimulação de linfócitos T do próprio sistema imune com o objetivo de torná-las mais eficazes no combate às células tumorais.

Apesar da revolução provocada pela imunoterapia nos últimos anos, ainda existe uma percentagem significativa de pacientes oncológicos que não responde ao tratamento, principalmente em casos de tumores sólidos.

Em casos de câncer colorretal, “apenas uma minoria de pacientes (de 4% a 5%) se beneficia da imunoterapia e, mesmo assim, nem todos os pacientes respondem”, explicou a Dra. Salomé Pinho.

Neste cenário, a equipe de pesquisa Immunology, Cancer & GlycoMedicine do i3S, quer investigar “de que forma os glicanos (estruturas complexas de açucares) na superfície das células T poderão atuar como um novo mecanismo de regulação que estimule a atividade destas células do sistema imune no combate ao câncer”, concluiu a pesquisadora.

O estudo recebeu financiamento da Fundação Mizutani para a Glicociência, do Japão.

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