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Resumo
Pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural Aplicada do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) – em colaboração com pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, da Universidade Wuhan e do Instituto Shenzhen de Biologia Sintética , na China – deram um passo importante rumo à produção de formas mais seguras do antibiótico gentamicina, amplamente utilizado para tratar infecções bacterianas.
A equipe de pesquisa explorou a formação dos componentes que constituem o medicamento, descobrindo padrões inéditos que podem ser aproveitados para criar versões menos tóxicas da gentamicina.
Embora a gentamicina seja bastante eficaz como pomada para infecções de pele, seu uso em outros tratamentos ainda é limitado devido à toxicidade potencial, principalmente para os rins e ouvidos.
Produzida pela bactéria Micromonospora purpurea, a gentamicina é composta por cinco moléculas, cada uma com diferentes níveis de atividade antibiótica e toxicidade. O professor Dr. Márcio Dias, líder do estudo, explicou que a separação e compreensão dessas moléculas são fundamentais para aprimorar o medicamento.
A pesquisa focou em um passo-chave na produção de dois desses cinco componentes, que possuem estruturas muito semelhantes, mas se diferenciam apenas por um rearranjo atômico. “Esse processo é catalisado pela enzima GenB2, que transforma a gentamicina C2 em C2a”, explicou o professor. “Sem essa enzima, a gentamicina C2a não seria formada e a droga teria apenas quatro componentes”.
Ele acrescentou que mesmo pequenas variações nesse processo podem impactar tanto a eficácia quanto a toxicidade do antibiótico. Segundo os autores, os achados abrem novos caminhos para o desenvolvimento de versões mais seguras e seletivas da gentamicina.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica ACS Chemical Biology.
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