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Lesão de câncer de pele (carcinoma basocelular superficial) de aparência marrom-avermelhada
Fonte
Craig Philip, Universidade Heriot-Watt
Publicação Original
Áreas
Resumo
Na Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, uma pesquisa de doutorado pretende desenvolver um novo dispositivo que usa tecnologia Raspberry Pi para fotografar lesões de pele, armazená-las e compará-las com imagens de referência de câncer de pele.
Sem precisar de acesso à internet e desenvolvido com foco em regiões remotas onde há dificuldade de acesso a serviços de saúde, o dispositivo pode funcionar como um recurso de análise inicial de lesões, identificando prematuramente possíveis casos de câncer de pele para análise médica posterior.
Nos últimos dois anos, Tess Watt, doutoranda na Escola de Ciências Matemáticas e da Computação da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, desenvolveu ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA) para diagnosticar doenças de pele, principalmente câncer de pele, em áreas com infraestrutura médica limitada.
Seu objetivo é permitir a detecção precoce inicial sem a necessidade de acesso direto a dermatologistas, utilizando tecnologia acessível que pode ser implementada em qualquer lugar, desde a Escócia rural até a África Ocidental. A pesquisa é orientada pelo Dr. Christos Chrysoulas, professor de Ciência da Computação da Universidade Heriot-Watt.
Um protótipo do dispositivo – que usa tecnologia ‘Raspberry Pi’ e tem o diferencial de funcionar sem a necessidade de acesso à internet – já demonstrou, em testes iniciais, como a IA pode analisar imagens de lesões cutâneas e sinalizar riscos potenciais para posterior análise médica.
Com o dispositivo, uma pessoa pode tirar uma foto de sua lesão de pele usando a pequena câmera acoplada ao dispositivo. A tecnologia, então, analisa a imagem em tempo real, comparando-a a grande conjunto de dados de milhares de imagens para chegar a um diagnóstico.
Os resultados são então compartilhados com um serviço clínico local para iniciar um plano de tratamento adequado.
Cuidar da saúde em casa é um tema muito importante no momento, especialmente porque o tempo de espera para atendimento médico continua aumentando. Se pudermos capacitar as pessoas a monitorar as doenças de pele de suas próprias casas usando IA, podemos reduzir drasticamente os diagnósticos tardios
A ferramenta tem até 85% de precisão em sua capacidade de diagnóstico, mas a equipe pretende aumentar ainda mais essa porcentagem obtendo acesso a mais conjuntos de dados de lesões de pele auxiliados por modelos avançados de aprendizado de máquina.
Embora a tecnologia ainda não tenha sido testada em ambientes clínicos reais, Tess está atualmente em negociações com o sistema nacional de saúde da Escócia para iniciar o processo de aprovação ética.
“Espero que, dentro de um ou dois anos, tenhamos um projeto piloto em andamento”, disse a doutoranda, observando que a tecnologia médica geralmente leva anos para passar do protótipo à implementação.
A visão de longo prazo é implementar o sistema primeiro em regiões remotas da Escócia, antes de expandi-lo para áreas globais com acesso limitado a cuidados dermatológicos. O sistema também poderia oferecer suporte vital a pacientes enfermos ou que não podem viajar, permitindo que seus entes queridos ajudem a capturar e enviar imagens diagnósticas aos médicos.
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Heriot-Watt (em inglês).
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