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Resumo
A Dra. Samantha Dalbosco Lins Carvalho, nutricionista e doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveu, em seu doutorado, um aplicativo para dispositivos móveis que auxilia pais e responsáveis no oferecimento de frutas a crianças de 2 a 5 anos.
O app, que recebeu o nome de Frutificar, nasceu de estudos que identificaram os diversos fatores que podem determinar o comportamento dos adultos junto às crianças. A pesquisa de doutorado contou com a orientação da Dra. Marilia Estevam Cornélio, professora da Faculdade de Enfermagem da Unicamp.
Motivada pelos desafios de promover alimentação saudável para diferentes públicos, a pesquisadora criou um instrumento capaz de incentivar a mudança de hábitos alimentares das crianças através da atuação junto aos pais e responsáveis, já que é por meio desses adultos que as crianças têm acesso aos alimentos.
Antes de definir que a intervenção ocorreria por meio de um aplicativo de celular, a pesquisadora fez entrevistas com pais e responsáveis de crianças usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Campinas para compreender quais fatores interferem na forma como lidam com a alimentação das crianças.
A pesquisadora explicou que os principais fatores alegados envolviam a habilidade de deixar frutas disponíveis no dia a dia, o conhecimento sobre a quantidade necessária para uma porção, as condições econômicas e geográficas – que afastam as famílias de fontes de alimentos frescos – ou mesmo o desconhecimento sobre a necessidade do consumo diário.
Considerando esses fatores, o aplicativo Frutificar permite aos usuários a possibilidade de definir os horários em que desejam receber notificações lembrando sobre o oferecimento de frutas às crianças, como no lanche da escola ou na hora da sobremesa. O sistema também fornece dicas e receitas para facilitar o processo, além de vídeos com informações úteis sobre o tema.
Conforme os usuários registram o cumprimento das metas de oferta de frutas, o aplicativo dá feedbacks positivos e mede também a aceitação das crianças, permitindo adaptações a cada realidade familiar.
O ensaio clínico de eficácia da ferramenta e a avaliação a respeito de sua usabilidade integrarão outra pesquisa de doutorado, também orientada pela professora Marília Cornélio. Devido à necessidade desses novos estudos, o aplicativo ainda não está disponível para download.
“Esse foi um processo contínuo de desenvolvimento, testes e reformulações”, lembrou a orientadora. A Dra. Samantha Carvalho comentou que, ainda durante essa etapa, o retorno mostrou-se positivo: “Muitos pais alegaram se tratar de um recurso que auxilia muito, pois é comum se esquecerem de incluir o consumo de frutas no dia a dia”.
Atualmente, as pesquisadoras buscam empresas e instituições públicas que se interessem pela ferramenta e que a disponibilizem para o público em geral.
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