
Fonte
Anna Björklund, Instituto Karolinska
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Resumo
Um estudo de pesquisadores na Suécia e na Espanha envolveu uma coorte de mais de 2400 idosos em acompanhamento de 15 anos para analisar os resultados de dietas saudáveis ou dieta pró-inflamatória sobre o estabelecimento de doênças crônicas, como doenças cardiovasculares e demência.
O estudo destacou que as dietas saudáveis retardaram o aparecimento de doenças cardiovasculares e neuropsiquiátricas, apesar de não ter sido observado efeito sobre doenças musculoesqueléticas.
Foco do Estudo
Estudo
Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, em colaboração com colegas pesquisadores do Centro Espanhol de Pesquisa Biomédica em Epidemiologia e Saúde Pública (CIBERESP), Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), Hospital del Mar e da Universidade Autônoma de Madri (UAM), na Espanha, investigaram como quatro dietas diferentes afetam o acúmulo de doenças crônicas em idosos.
Três das dietas estudadas eram saudáveis e com foco no consumo de vegetais, frutas, grãos integrais, nozes, leguminosas, gorduras insaturadas e redução no consumo de doces, carne vermelha, carne processada e manteiga/margarina.
As três dietas saudáveis incluídas no estudo foram a Dieta MIND (Intervenção Mediterrânica-DASH para o Atraso Neurodegenerativo): uma dieta concebida para a saúde cerebral e para reduzir o risco de demência; a Dieta AHEI (Índice de Alimentação Saudável Alternativa): uma dieta que mede a adesão a diretrizes alimentares que reduzem o risco de doenças crônicas em geral; e a Dieta AMED (Dieta Mediterrânea Alternativa): uma versão modificada da dieta mediterrânea adaptada aos hábitos alimentares ocidentais.
A quarta dieta, no entanto, era pró-inflamatória e focava em carne vermelha e processada, grãos refinados e bebidas adoçadas, com menor consumo de vegetais, chá e café.
Para a dieta pró-inflamatória, os pesquisadores usaram o Índice EDII (Índice Inflamatório Alimentar Empírico): um índice que estima os riscos inflamatórios de uma dieta.
Os pesquisadores acompanharam 2.473 idosos na Suécia durante 15 anos. O estudo foi publicado na revista científica Nature Aging.
Nossos resultados demonstram a importância da dieta para influenciar o desenvolvimento de multimorbidade em populações idosas
Resultados
Os pesquisadores descobriram que os idosos que seguiram dietas saudáveis apresentaram um desenvolvimento mais lento de doenças crônicas, principalmente doenças cardiovasculares e neuropsiquiátricas, excluindo doenças musculoesqueléticas.
Aqueles que seguiram a dieta pró-inflamatória, por outro lado, tiveram um risco de doenças crônicas aumentado.
As descobertas confirmam a qualidade da dieta como um fator de risco modificável para a progressão de multimorbidade em adultos mais velhos, com possíveis implicações para diretrizes alimentares, estratégias de saúde pública e prática clínica.
O próximo passo da pesquisa é identificar as recomendações alimentares que podem ter o maior impacto na longevidade e os grupos de idosos que mais podem se beneficiar delas, com base na idade, gênero, histórico psicossocial e doenças crônicas.
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Autores/Pesquisadores Citados
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Nature Aging (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do Instituto Karolinska (em inglês).
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