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Resumo
A aterosclerose é uma doença silenciosa que frequentemente só se torna aparente quando ocorre um evento cardiovascular. Identificar indivíduos com risco de progressão da aterosclerose antes que os sintomas apareçam pode ajudar a intervir, interromper a progressão e prevenir doenças graves, como ataque cardíaco ou derrame.
Agora, uma equipe de pesquisa liderada por cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, desenvolveu um sistema para classificar indivíduos em diferentes grupos de risco para a aterosclerose. Os resultados permitem a detecção precoce da doença, o que pode levar a um tratamento preventivo personalizado.
Os pesquisadores utilizaram dados abrangentes de três grandes coortes na Europa (SCAPIS, UK Biobank e IMPROVE) e descobriram que é possível distinguir quatro grupos de risco diferentes de indivíduos, cuja suscetibilidade a ataques cardíacos e derrames pode ser classificada de baixa a muito alta.
Os cientistas também conseguiram identificar os genes que influenciam o risco de eventos cardiovasculares em cada grupo. Em particular, eles identificaram uma variante genética específica no gene IL6R, que está envolvido na regulação da inflamação na aterosclerose. Essa variante tem um efeito modesto no risco de eventos cardiovasculares na população em geral, mas amplificou o risco de ataque cardíaco apenas no grupo de indivíduos com risco previsto muito alto de eventos cardiovasculares. Identificar esse gene é o primeiro passo para a prevenção cardiovascular personalizada, de acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo.
“Esta é uma descoberta importante porque nos dá a oportunidade de intervir em um estágio em que a doença ainda é assintomática. No estágio assintomático, a aterosclerose pode ser interrompida e até revertida se as medidas corretas forem tomadas. Nossos resultados podem ajudar a projetar intervenções específicas para cada paciente que levem a uma saúde melhor”, afirmou a Dra. Bruna Gigante, professora do Departamento de Medicina do Instituto Karolinska.
“O próximo passo em nossa pesquisa é conduzir estudos e entender se os medicamentos que antagonizam essa via impulsionada pelo IL6R podem reverter o desenvolvimento agressivo da aterosclerose nesse grupo selecionado de indivíduos”, concluiu a professora.
O estudo foi publicado na revista científica Cardiovascular Research.
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Cardiovascular Research (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página do Instituto Karolinska (m inglês).


