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Resumo
Embora os tratamentos atuais para a esquizofrenia — uma doença mental que afeta 1% da população mundial — possam reduzir certos sintomas, eles têm pouco efeito sobre os déficits cognitivos que afetam a vida diária dos pacientes.
Com base nesse cenário, um grupo de pesquisa liderado por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e da Universidade de Montpellier, na França, acaba de usar um tipo específico de anticorpo de lhamas para produzir minianticorpos – chamados nanocorpos – que atravessam facilmente a barreira hematoencefálica, podendo viabilizar uma nova geração de tratamentos para a esquizofrenia.
Administrada perifericamente, por via venosa ou muscular, a nova molécula demonstrou capacidade de romper a barreira hematoencefálica e atingir efetivamente receptores de glutamato envolvidos na regulação da atividade neural.
O efeito terapêutico desses nanocorpos foi avaliado em dois modelos pré-clínicos de esquizofrenia. A administração de nanocorpos corrigiu os déficits cognitivos observados em modelos murinos, visto que a função cognitiva dos animais melhorou claramente a partir da primeira injeção, com um efeito prolongado por mais de uma semana.
Agora, são necessários estudos clínicos para demonstrar que essa capacidade de corrigir déficits cognitivos por meio de injeção periférica pode representar uma nova via de tratamento para a esquizofrenia.
A pesquisa confirmou o potencial dos nanocorpos como uma nova estratégia terapêutica para atuar no cérebro, com seu uso sendo eventualmente ampliado para incluir o tratamento de outras doenças neurológicas.
Os resultados foram publicados na revista científica Nature.
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Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Nature (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (em inglês).
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