
Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Resumo
Um novo projeto com foco no desenvolvimento de um exame diagnóstico de baixo custo e fácil acesso para detecção precoce de doenças como Alzheimer e Parkinson foi aprovado pela Finep.
Os pesquisadores pretendem que o sistema possa ser oferecido pelo SUS, o que terá grande impacto na saúde pública.
O estudo colaborativo envolverá pesquisadores de várias regiões do Brasil, com a liderança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) via Edital Mais Inovação Brasil – Saúde, um novo projeto liderado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deve mobilizar pesquisadores em nível nacional para desenvolver um sistema de diagnóstico precoce de baixo custo para as principais doenças neurodegenerativas. O aporte aprovado é de R$ 13,2 milhões.
O objetivo da pesquisa é que o diagnóstico das doenças de Alzheimer e Parkinson seja feito em fase pré-sintomática e usando amostras biológicas de fácil acesso, como saliva, sangue, mucosa nasal e urina.
O custo é um requisito de projeto crítico, já que os pesquisadores pretendem que o exame diagnóstico seja futuramente disponibilizado pelo SUS.
O exame deve ainda ter a capacidade de diferenciar as doenças em foco de outras demências e de doenças raras.
Avanços recentes em biomarcadores de neuroimagem e de líquor permitem identificar essas doenças antes dos primeiros sintomas. Entretanto, estes avanços não estão disponíveis na forma de exames para o SUS, pois têm alto custo e necessitam de infraestrutura especializada
Biomarcadores
Nos últimos dois anos, estudos realizados por grandes colaborações internacionais descobriram biomarcadores proteicos, proteínas que podem atestar o diagnóstico de uma condição (Alzheimer ou Parkinson), detectáveis antes da manifestação dos sintomas neurológicos, o que pode revolucionar o tratamento destas doenças.
Segundo os pesquisadores, há apenas dois estudos em andamento para validação populacional de biomarcadores para Alzheimer e Parkinson: um na Dinamarca (Parkinson) e o outro na Noruega (Alzheimer), ambos em fase de recrutamento.
“Para se ter uma ideia do pioneirismo deste projeto, apenas agora em setembro, o FDA (autoridade regulatória sanitária dos Estados Unidos) publicou uma carta de estímulo à realização de estudos clínicos populacionais para o teste RT-QuIC de alfa-sinucleína, o biomarcador de Doença de Parkinson, para validação e aplicação deste teste nos Estados Unidos. Este projeto colocará o Brasil na vanguarda mundial da área de diagnósticos de doenças neurodegenerativas”, destacou o professor Carlos Alberto Gonçalves, professor do Instituto de Ciência Básicas da Saúde da UFRGS.
Colaboração Nacional
A equipe colaborativa contará com pesquisadores, alunos de pós-graduação e pós-doutorandos de várias unidades da UFRGS, bem como com professores e pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC SC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
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