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Universidade de Oxford
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Resumo
No Reino Unido, pesquisadores realizaram um estudo clínico envolvendo 150 pacientes com depressão resistente a medicamentos para observar a eficácia e a segurança do tratamento com pramipexol, medicamento já aprovado para o tratamento da doença de Parkinson.
Enquanto metade dos pacientes recebeu o medicamento, a outra metade recebeu placebo. Todos os pacientes continuaram com a medicação antidepressiva de uso contínuo.
O grupo medicado mostrou redução significativa e substancial dos sintomas na décima segunda semana de tratamento, com os benefícios persistindo ao longo de um ano. Porém, também houve efeitos colaterais significativos, como náuseas, distúrbios do sono e tonturas.
Foco do Estudo
Por que é importante?
As diretrizes atuais para pessoas com depressão resistente ao tratamento recomendam a adição de novos tratamentos, como lítio ou antipsicóticos, ao tratamento antidepressivo em andamento, mas estes têm eficácia limitada e não funcionam para todos.
Estudo
Em novo estudo clínico, o pramipexol demonstrou ser substancialmente mais eficaz do que a opção de placebo na redução dos sintomas de depressão resistente ao tratamento (DRT) ao longo de quase um ano, quando adicionado à medicação antidepressiva de uso contínuo.
O estudo clínico incluiu 150 pacientes com depressão resistente ao tratamento, com 75 pacientes recebendo 48 semanas de pramipexol enquanto os outros 75 pacientes receberam placebo, juntamente com a medicação antidepressiva de uso contínuo.
O estudo contou com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Cuidados (NIHR) do Reino Unido e foi publicado na revista científica The Lancet Psychiatry.
O Dr. Michael Browning, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford e líder do estudo, destacou: “Tratar eficazmente pessoas que não responderam às intervenções de primeira linha para depressão é um problema clínico urgente e há muito tempo existe uma necessidade urgente de encontrar novos tratamentos”.
Além de pesquisadores da Universidade de Oxford, participaram do estudo pesquisadores do King’s College London, Universidade de Bristol, University College London, Universidade de Nottingham, Universidade Newcastle UK e Universidade Médica de Viena. O estudo clínico foi desenvolvido em clínicas da NHS Foundation Trust em várias partes do Reino Unido.
Essas descobertas sobre o pramipexol representam um avanço significativo para pacientes para os quais antidepressivos e outros tratamentos e terapias não funcionaram
Resultados
Em geral, o grupo que tomou pramipexol apresentou uma redução significativa e substancial dos sintomas na décima segunda semana de tratamento, com os benefícios persistindo ao longo de um ano.
No entanto, também houve efeitos colaterais significativos, como náuseas, distúrbios do sono e tonturas, com cerca de uma em cada cinco pessoas que tomaram pramipexol abandonando o estudo.
“O pramipexol é um medicamento aprovado para a doença de Parkinson e atua aumentando a dopamina, uma substância química cerebral. Isso difere da maioria dos outros medicamentos antidepressivos que atuam na serotonina cerebral e pode explicar por que o pramipexol foi tão útil neste estudo”, disse o professor Michael Browning.
Pesquisas anteriores sobre o uso do medicamento para depressão haviam se mostrado promissoras, mas até o momento havia dados limitados sobre os resultados em longo prazo e efeitos colaterais.
Agora precisamos de mais pesquisas com foco na redução dos efeitos colaterais do pramipexol, avaliando seu custo-efetividade e comparando-o com outros tratamentos complementares
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Autores/Pesquisadores Citados
Publicação
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