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Pesquisadores mostram que a agroecologia é mais rentável para a agricultura familiar
30 de junho de 2025, 10:16

Fonte

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Publicação Original

Áreas

Agricultura, Agroecologia, Agronomia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Qualidade dos Alimentos, Sustentabilidade

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Resumo

O professor Dr. Marcio Gazolla e as pós-graduandas Milena Demetrio e Leidiane Maria Fantin, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), compararam recentemente os custos de produção em Sistemas Agroindustriais Familiares (SAFs) ecológicos e não ecológicos.

O estudo, publicado na Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional, demonstrou que os cultivos ecológicos são mais rentáveis para agricultura familiar.

Os pesquisadores acompanharam 24 propriedades rurais que atuam em SAFs, onde, além de cultivar os alimentos, os proprietários também fazem o seu processamento, o que agrega mais valor aos produtos.

Dentro da amostragem, 12 propriedades aplicavam práticas agroecológicas e, as outras 12, a prática convencional. Para medir qual modelo seria o mais eficiente, os pesquisadores se embasaram em uma metodologia do Valor Agregado, que mede os custos de produção e o impacto de cada modelo.

Em 2020, as produções das primeiras 12 SAFs, que adotaram o modelo ecológico (sem agrotóxicos), foram acompanhadas pelos pesquisadores. No ano seguinte, foi a vez das outras 12 propriedades, que usaram defensivos agrícolas.

Segundo o estudo, em média, o custo total por área dos SAFs não ecológicas foi de R$ 80.765 por ano, correspondente a 29,78% da produção bruta. Já os SAFs ecológicos apresentam custo total por área de R$ 16.876.92 por ano, em média, cerca de 5% da produção bruta.

“Em resumo, os dados dos casos analisados demonstram que os SAFs ecológicos representam um modo de produção economicamente menos custoso do que os não ecológicos. Além disso, estes sistemas pesquisados conseguem agregar mais valor aos alimentos devido à base sustentável que possuem (preço prêmio pelos diferenciais ambientais dos alimentos), são mais diversificados em alimentos que ofertam aos consumidores por cadeias curtas e estão organizados em formatos coletivos (cooperativas, associações, centrais etc.) para acessar os mercados alimentares, mesmo que isso custe um pouco mais caro”, afirmam os pesquisadores no estudo.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Pós-graduanda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) do Campus Pato Branco da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

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