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Novo estudo revela que síndrome metabólica pode aumentar risco de arritmias cardíacas
17 de junho de 2025, 15:03

Fonte

Universidade de Valência

Publicação Original

Áreas

Cardiologia, Endocrinologia, Epidemiologia, Medicina, Metabolismo, Nutrição Clínica, Obesidade, Patologia

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Resumo

Um estudo liderado pela Universidade de Valência e pelo Instituto de Pesquisa em Saúde INCLIVA, na Espanha, identificou mecanismos pelos quais a síndrome metabólica, causada principalmente por uma dieta rica em gordura e açúcar, pode estar promovendo o desenvolvimento de arritmias ventriculares letais, como a fibrilação ventricular.

Os resultados, obtidos usando técnicas de mapeamento óptico panorâmico e publicados na revista científica The Journal of Physiology, abrem novos caminhos para pesquisas em estratégias preventivas e terapêuticas para doenças cardíacas.

A síndrome metabólica abrange um conjunto de fatores de risco fisiológicos, bioquímicos, clínicos e metabólicos cuja confluência está associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Embora já tenha sido associada a arritmias ventriculares fatais, como a fibrilação ventricular, os mecanismos subjacentes da síndrome metabólica que têm implicações realmente sérias para a saúde não são totalmente compreendidos.

A síndrome metabólica abrange uma variedade de distúrbios, incluindo obesidade central, hipertensão, resistência à insulina e níveis anormais de lipídios no sangue, como colesterol LDL e triglicerídeos. Seu aparecimento está relacionado ao sedentarismo e a dietas inadequadas com alto teor calórico e excesso de gorduras e açúcares.

A equipe multidisciplinar de cientistas estudou a remodelação cardiovascular causada pela síndrome metabólica, com atenção especial às alterações que ocorrem no coração. Utilizando um modelo animal experimental que reproduz fielmente as principais alterações da doença em humanos, o grupo de pesquisa identificou alterações elétricas no coração que aumentam a vulnerabilidade do indivíduo a esses tipos de distúrbios do ritmo cardíaco.

Mais especificamente, os resultados mostraram uma remodelação elétrica no ventrículo esquerdo, e especialmente pronunciada no ventrículo direito, o que, segundo os pesquisadores, poderia explicar em grande parte o risco aumentado de arritmias em pacientes com síndrome metabólica.

A descoberta representa um passo importante na compreensão da fisiopatologia cardiovascular associada à síndrome metabólica e fornece uma base sólida para pesquisas futuras destinadas a prevenir e tratar as arritmias.

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