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Segundo Boletim Infogripe da Fiocruz, 72,5% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave estão relacionados à influenza A
31 de maio de 2025, 11:04

Fonte

Regina Castro, Agência Fiocruz de Notícias

Publicação Original

Áreas

Biologia, Biomedicina, Epidemiologia, Farmacologia, Imunologia, Pneumologia, Vacinas, Vigilância Sanitária, Virologia

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Resumo

Uma nova edição do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos.

A atualização destaca a alta de mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade devido à doença. Por outro lado, a incidência tem sido maior em crianças pequenas, seguida pela população idosa. Divulgada no último dia 29 de maio, a análise é referente ao período de 18 de abril a 25 de maio.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 36,5% para influenza A; 0,9% para influenza B; 50,7% para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 14,7% para rinovírus; e 2,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os casos positivos e no mesmo recorte temporal foi de 72,5% para influenza A; 1,4% para influenza B; 12,6% para VSR; 9,7% para rinovírus; e 5,9% para o Sars-CoV-2.

Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que o aumento das ocorrências de SRAG nas crianças de até quatro anos tem sido impulsionado principalmente pelo VSR. No entanto o rinovírus e a influenza A também têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessa faixa etária, assim como nas crianças e adolescentes de 5 até 14 anos. Já a influenza A tem sido o principal vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG entre adultos e idosos e jovens a partir dos 15 anos.

A Dra. Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz e do InfoGripe, ressaltou a importância da vacinação diante do atual cenário epidemiológico. Ela reforça que é fundamental levar as crianças, os idosos e outros grupos prioritários para se vacinarem contra o vírus. “A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, observou a especialista.

Em nível nacional, foi verificado o aumento de SRAG nas tendências de longo (últimos seis meses) e curto prazo (últimos três meses), relacionado ao crescimento dos casos de SRAG por influenza A e VSR na maioria dos estados do país.

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz e do InfoGripe

Instituições Citadas

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