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Método de síntese de nanopartículas magnéticas pode melhorar entrega de medicamentos para tratamentos de câncer
14 de maio de 2025, 14:34

Fonte

Wilson Galvão, AGIR/UFRN

Publicação Original

Áreas

Bioengenharia, Biomateriais, Biomedicina, Bioquímica, Ciência dos Materiais, Entrega de Medicamentos, Farmacologia, Indústria Farmacêutica, Nanotecnologia, Nanotecnologia Farmacêutica

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Resumo

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um novo método para síntese de nanopartículas magnéticas de cobalto e níquel, que podem ser úteis no tratamento de câncer e na vetorização magnética de fármacos – uma forma de entrega do medicamento em sítios específicos.

O método foi patenteado como ‘Síntese de nanopartículas monodispersas metálicas de níquel e cobalto embebidas em uma matriz de gelatina’.

O Dr. Marco Antonio Morales Torres, professor do Departamento de Física da UFRN e coordenador do grupo de pesquisa, explicou que foi utilizado o método sol-gel para chegar às nanopartículas: “Essas nanopartículas de níquel e cobalto foram sintetizadas em matriz de gelatina. Não à toa: os grupos amino, tiol e carboxílico, presentes na gelatina, favorecem sua solubilidade em água e a capacidade de interagir com os cátions metálicos dissolvidos em meio aquoso”, explicou o professor.

“As nanopartículas podem ser funcionalizadas com surfactantes e polímeros biocompatíveis e, então, depositadas no local do tumor. A partir daí, podem gerar calor na região do tumor por meio da aplicação de um campo magnético AC. Esse método é chamado de magnetohipertermia. Esse é um exemplo dentro de um espectro amplo de uso, que inclui armazenamento de informações em sistemas de gravação magnética, catálise, biomedicina, células solares, produção de hidrogênio através de reforma de vapor de álcoois sobre catalisadores suportados em cerâmica, entre outros”, destacou o professor Marco Antonio Torres.

As nanopartículas metálicas podem ser facilmente manipuladas remotamente usando um campo magnético.

“O método de síntese desenvolvido revelou-se um avanço significativo na síntese de nanopartículas metálicas magnéticas. É o resultado de vários meses de trabalho do meu grupo de pesquisa, com a contribuição do ex-aluno de iniciação científica Thiago Tibúrcio Vicente e do pós-doutor John Carlos Mantilla Ochoa”, concluiu o Dr. Marco Antonio Torres.

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Autores/Pesquisadores Citados

professor do Departamento de Física da UFRN
Físico pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e doutorando em Física Aplicada à Medicina e Biologia na Universidade de São Paulo (USP-FFCLRP)
Ex-pós-doutorando da UFRN e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

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