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Ferramenta gratuita pode revolucionar o desenvolvimento de medicamentos covalentes
22 de abril de 2025, 11:45

Fonte

Cynthia McCormick Hibbert, Universidade Northeastern

Publicação Original

Áreas

Bioinformática, Bioquímica, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Entrega de Medicamentos, Estudo Clínico, Farmacologia, Indústria Farmacêutica, Nanotecnologia Farmacêutica, Toxicologia

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Resumo

Interessada ​​em encontrar um novo modo de desenvolver medicamentos para tratar a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma equipe de cientistas desenvolveu uma técnica que aprimora o fluxo de trabalho durante a pesquisa de novos medicamentos covalentes.

O estudo foi liderado pelo Dr. Jeffrey Agar – pesquisador e professor de Química e Ciências Farmacêuticas da Universidade Northeastern, nos EUA, com a colaboração de pesquisadores da Escola Médica de Harvard, do Brigham and Women’s Hospital, da Escola de Medicina da Universidade Tufts e da Sanofi EUA.

O aumento significativo do interesse científico em medicamentos covalentes vem acontecendo desde a descoberta do antiviral Paxlovid. Medicamentos covalentes formam ligações permanentes com proteínas-alvo, o que os torna mais duradouros e potencialmente mais potentes do que medicamentos não covalentes.

Mas para chegar a uma nova geração de medicamentos covalentes, limitações como um grande número de falsos positivos durante a descoberta de medicamentos e a falta de métodos para medir o efeito in vivo têm retardado o processo de descoberta.

Conforme publicado na revista científica Nature Communications, os pesquisadores desenvolveram um modelo matemático e bioanalítico que utiliza espectrometria de massas e análise de proteínas, permitindo que pesquisadores, mesmo em pequenos laboratórios, insiram números em uma ‘árvore de decisão’ para determinar a eficácia potencial de um medicamento em desenvolvimento.

Usando a ferramenta, os pesquisadores poderão determinar a concentração, a potência e a resistência do fármaco — todos fatores importantes para decidir se devem ou não prosseguir com o desenvolvimento.

O objetivo é tornar a técnica gratuita e disponível para laboratórios de pequeno e grande porte, parte do que o Dr. Jeffrey Agar chama de ‘democratização da ciência’.

Entre os medicamentos testados pelo método bioanalítico e pela árvore de decisão na pesquisa publicada está a proteína SOD1, um importante antioxidante que, quando sofre mutação, é uma causa comum do tipo de ELA hereditária, incluindo uma mutação prevalente que frequentemente resulta na morte do paciente dentro de um ano após o início da doença.

“É o primeiro conjunto de ferramentas para, dentro de um organismo vivo, descobrir o que o corpo faz com o medicamento e o que o medicamento faz com o corpo. Está tudo lá, em um único artigo”, destacou o Dr. Jeffrey Agar.

“Isso pode se tornar o padrão ouro para o desenvolvimento de medicamentos covalentes daqui para frente”, concluiu o professor.

Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas. 

Autores/Pesquisadores Citados

Professor de Química e Ciências Farmacêuticas da Universidade Northeastern

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