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Emulsão inovadora com elementos naturais poderá ser novo medicamento de menor custo e mais eficaz contra a doença de Chagas em estágio crônico
11 de abril de 2025, 12:11

Fonte

Universidade Federal do Ceará

Publicação Original

Áreas

Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Botânica, Cardiologia, Desenvolvimento de Fármacos, Entrega de Medicamentos, Farmacologia, Farmácia Clínica, Fitoterapia, Indústria Farmacêutica, Parasitologia, Produtos Naturais, Toxicologia

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Resumo

Pesquisadores do Departamentos de Química Orgânica e Inorgânica e do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Ceará (UFC) receberam recentemente uma carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pelo desenvolvimento de um tratamento inovador para a doença de Chagas.

Trata-se de uma emulsão produzida a partir do cogumelo do sol (Agaricus blazei Murill), encontrado na Mata Atlântica, e da árvore mofumbo (Cobretum leprosum), nativa da Caatinga. A pesquisa conduzida pelos pesquisadores até aqui aponta que a nova emulsão seria mais eficaz no combate à infecção em seu estágio crônico, bem como produziria menos efeitos colaterais.

Os pesquisadores usaram como composto ativo o triterpeno, presente na árvore mofumbo e conhecido por produzir efeitos antimicrobianos, encapsulado com polissacarídeos do cogumelo do sol, que ajudam a estabilizar a emulsão e reduzir sua toxicidade.

“A encapsulação do triterpeno foi capaz de reduzir o seu potencial citotóxico contra células hospedeiras. Assim, espera-se que a principal vantagem dessa formulação seja a sua maior segurança quando comparada às opções presentes no mercado. Contudo, esses dados só serão confirmados após a condução dos ensaios in vivo e clínicos”, explicou a Dra. Elenir Ribeiro, professora da UFC e inventora principal da patente.

De acordo com a professora, o medicamento seria inédito e teria custo reduzido: “O fato de os principais componentes serem nativos do Brasil acaba facilitando a sua obtenção e, consequentemente, reduzindo os custos com importação. Como sabemos, a biodiversidade brasileira, apesar de sua vasta riqueza, ainda é pouco explorada, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento e à inovação de medicamentos”, concluiu a pesquisadora.

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