
Divulgação, UFG
Pequi e pequi em pó
Fonte
Kharen Stecca, Jornal da UFG
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Resumo
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) estão desenvolvendo e aperfeiçoando uma técnica de preparação de alimentos em pó.
Inicialmente aplicada ao pequi, a técnica inovadora usa microencapsulação em spray drying para garantir durabilidade e facilidade de transporte do produto.
Além de aplicações culinárias, o pequi em pó também pode ser usado no setor farmacêutico, na preparação de suplementos e medicamentos para tratamento de inflamações e distúrbios metabólicos.
Uma pesquisa liderada pelo Dr. Flávio Alves da Silva, professor da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em conjunto com colegas pesquisadores da UFG, desenvolveu e está aprimorando uma técnica para preparação de alimentos em pó.
A técnica inovadora, inicialmente aplicada ao pequi, tem o diferencial de diminuir a perda de nutrientes e conservar suas características in natura.
Os pesquisadores usaram a microencapsulação em spray drying, um processo de secagem já utilizado na indústria alimentícia para transformar líquidos em pó, que garante maior durabilidade e facilita o transporte e armazenamento.
O professor Flávio Alves destacou que o pó de pequi tem aroma e sabor mais suaves, o que pode aumentar a aceitação do produto, inclusive por pessoas que normalmente não apreciam o fruto.
Além de agregar sabor na culinária, o pequi em pó tem diversos nutrientes, como antioxidantes e vitamina A. No setor farmacêutico, o pó também pode ser utilizado na preparação de suplementos e medicamentos para o tratamento de inflamações e distúrbios metabólicos, além de protetores solares, hidratantes e cremes anti-envelhecimento.
Eu gosto muito do pequi, acredito que podemos desenvolver algo que seja comercializado e utilizado no mercado nacional e internacional gastronômico, tal qual a cúrcuma, por exemplo
Segundo o professor, o pequi tem diversas características que o tornam um alimento de grande valor nutricional: além de apresentar atividade antioxidante, tem efeito anti-inflamatório e neuroprotetor, é rico em betacaroteno, contribui para a imunidade e para recuperação pós exercícios físicos.
Por ser um fruto silvestre, a disponibilidade do pequi pode ser um desafio para aplicações industriais. No entanto, o professor Flávio Alves destacou que há iniciativas e estudos sobre o plantio de pequizeiros, incluindo variedades sem espinhos desenvolvidas pela Emater, o que pode garantir um fornecimento mais constante para a indústria.
“A perspectiva de viabilidade econômica do processamento do pequi em pó pode incentivar ainda mais o cultivo da fruta”, ressaltou o professor Flávio.
Além da polpa, que já tem um estudo mais adiantado, também está sendo estudado o aproveitamento da casca do pequi e outros frutos, como o jambo. Segundo o professor, o jambo, além da cor, que é bem interessante na culinária, também é rico em antocianina, um importante flavonoide com ação antioxidante.
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