
Fonte
Adrianna MacPherson, Universidade de Alberta
Publicação Original
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Resumo
Para auxiliar na definição dos planos de exercícios que podem ser incorporados ao tratamento do paciente oncológico, pesquisadores publicaram uma nova metodologia integrada centrada no paciente e em sua qualidade de vida.
A proposta, chamada ‘Exercício no Continuum Pós-Diagnóstico do Câncer’ (EPiCC), traz uma maneira estruturada de abordar o papel específico que o exercício tem no tratamento do câncer, desde o início do tratamento até intervenções de suporte.
Foco do Estudo
Por que é importante?
Avanços na medicina levaram a novos tratamentos contra o câncer, dando aos profissionais da saúde mais opções ao criar planos de tratamento para os pacientes oncológicos. No entanto, isso significa que encontrar a combinação ideal de tratamentos é uma tarefa cada vez mais complexa.
O exercício é frequentemente um componente essencial no tratamento do câncer, mas, assim como a medicação, não há uma prescrição única para todos — diferentes tipos e intensidades de exercício são apropriados durante diferentes fases do tratamento.
Os profissionais da saúde também precisam considerar como o exercício interage com outros tratamentos aos quais o paciente está se submetendo.
Estudo
Em relação aos cuidados e reabilitação do paciente oncológico, pesquisadores criaram uma nova metodologia integrada para auxiliar na definição dos tipos de exercícios e dos momentos mais adequados para realizá-los com a finalidade de maximizar os benefícios e minimizar os riscos.
A nova metodologia integrada foi elaborada pelo Dr. Kerry Courneya, professor da Faculdade de Cinesiologia, Esporte e Recreação e pela Dra. Margaret McNeely, professora da Faculdade de Medicina de Reabilitação, ambos da Universidade de Alberta, no Canadá, em colaboração com o Dr. Christopher Booth, professor da Universidade Queen’s Canadá, e com a Dra. Christine Friedenreich, professora da Universidade de Calgary. O estudo foi publicado na revista científica Frontiers in Oncology.
“O objetivo é fazer com que profissionais da saúde e pesquisadores pensem no exercício dentro de um conjunto de tratamentos, em vez de [pensar em] um tratamento único”, disse o Dr. Kerry Courneya, professor da Faculdade de Cinesiologia, Esporte e Recreação da Universidade de Alberta, no Canadá.
“[A nova metodologia] nos ajudará a ser estratégicos sobre como e quando introduzimos exercícios como parte do tratamento de um paciente oncológico para que ele obtenha o melhor benefício — não apenas do seu tratamento, mas também em termos de sua qualidade de vida”, acrescentou a Dra. Margaret McNeely, professora da Faculdade de Medicina de Reabilitação e professora do Departamento de Oncologia da Universidade de Alberta.
A proposta, chamada Exercício no Continuum Pós-Diagnóstico do Câncer (EPiCC), traz uma maneira estruturada de abordar o papel específico que o exercício tem no tratamento do câncer, desde o início do tratamento até intervenções de suporte.
“No passado, pensávamos no tratamento do câncer como algo singular — você começa um tratamento e depois o interrompe”, disse o professor Kerry Courneya. “Com o cenário moderno de tratamento do câncer, temos muitas opções disponíveis, e os oncologistas clínicos estão tentando descobrir como combiná-las, quais devem ser combinadas e como sequenciá-las”.
[Essa nova metodologia integrada] permitirá muito mais precisão e nos permitirá obter a prescrição de exercícios certa para o paciente certo, na hora certa
Resultados
A nova metodologia integrada identificou seis períodos-chave no tratamento do câncer em que o exercício desempenha um papel importante: antes, durante e entre os tratamentos, bem como imediatamente após o tratamento, durante a sobrevivência e durante o fim da vida se o tratamento não tiver sucesso.
De acordo com a professora McNeely, a metodologia integrada oferece orientação para incorporar exercícios como parte do plano de tratamento e cuidados primários e como parte do plano de recuperação e cuidados de suporte. A pesquisadora também destacou futuras direções de pesquisas e questões para oncologistas considerarem ao determinar como posicionar o exercício dentro de um plano de tratamento.
O professor Kerry Courneya observou que há um equívoco em achar que todo exercício é benéfico e que a prescrição ideal de exercícios requer o mesmo nível de reflexão em termos de tipo, duração e intensidade, como se fosse a decisão sobre a dosagem apropriada de um medicamento para um paciente específico.
Um paciente que está passando por uma rodada desafiadora de quimioterapia, por exemplo, pode ser mais bem atendido reservando o máximo de energia possível para o tratamento, então o exercício pode representar mais riscos do que benefícios. Por outro lado, um paciente recém-diagnosticado pode querer se concentrar em melhorar sua aptidão física enquanto se prepara para a fase de tratamento.
A nova metodologia integrada também pode ajudar os médicos a explicar o que suas recomendações de exercícios pretendem alcançar para os pacientes: “Acho que as pessoas reconhecem que precisam ser ativas, mas nem sempre veem como isso se relaciona com o que estão vivenciando em termos de câncer”, concluiu a professora Margaret McNeely.
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Autores/Pesquisadores Citados
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