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Transformar resíduos alimentares em biocarvão pode reduzir de maneira importante as emissões líquidas de dióxido de carbono
16 de maio de 2025, 17:23

Fonte

Faith Pring, Universidade de Nottingham

Publicação Original

Áreas

Agricultura, Agronomia, Carbono, Engenharia Ambiental, Gestão Ambiental, Gestão de Resíduos, Saúde Ambiental, Solo, Sustentabilidade

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Resumo

O biocarvão (em inglês chamado de biochar) é o carvão vegetal produzido a partir de qualquer matéria-prima orgânica, um produto sólido altamente estável e com elevada concentração de carbono gerado a partir de processos termoquímicos aplicados à biomassa, como a pirólise.

Recentemente, um novo estudo liderado pela Dra. Disni Gamaralalage, pesquisadora da Faculdade de Engenharia da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, demonstrou que a conversão de resíduos alimentares em biocarvão pode levar a uma redução de 93.000 toneladas de CO2 por ano até 2030 no Reino Unido.

O estudo, publicado na revista científica Biochar, explorou como a conversão de resíduos alimentares em biocarvão pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e também melhorar a qualidade do solo.

Os pesquisadores demonstraram que a conversão de digestato de resíduos alimentares – um material resultante da digestão anaeróbica de restos de comida – em biocarvão oferece uma solução climática de baixo custo e alto impacto.

Os resultados do estudo mostraram que cada tonelada de biocarvão pode sequestrar até 1,2 tonelada de CO₂ equivalente, e a produção do digestato de resíduos alimentares em usinas de digestão anaeróbica poderia manter os custos de remoção de carbono abaixo de £ 100 (cerca de R$ 750) por tonelada, tornando-se uma opção acessível para captura de carbono.

O biocarvão produzido retém cerca de 88% de seu conteúdo de carbono, retendo efetivamente aproximadamente 1,15 a 1,20 toneladas de CO₂ por tonelada de biocarvão. A aplicação desse biocarvão em solos agrícolas também pode melhorar a fertilidade e a estrutura do solo, contribuindo para práticas agrícolas sustentáveis.

Apesar de desafios como contaminação por plásticos e insumos de combustíveis fósseis, o estudo destacou um caminho promissor para a remoção permanente de gases do efeito estufa, em alinhamento com as metas climáticas, através da transformação resíduos orgânicos em um sumidouro de carbono estável.

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisadora da Faculdade de Engenharia da Universidade de Nottingham

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