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Resumo
O câncer de mama triplo-negativo representa cerca de 10 a 15% de todos os casos de câncer de mama e é amplamente considerado o subtipo mais difícil de tratar.
Isso ocorre porque este tipo de câncer tende a crescer e se espalhar mais rapidamente do que outras formas de câncer de mama e, normalmente, não responde a terapias que funcionam em outros subtipos, como as terapias hormonais.
Como resultado, as taxas de sobrevivência para o câncer de mama triplo-negativo tendem a ser menores do que para outros tipos de câncer de mama. Além disso, o câncer de mama triplo-negativo afeta desproporcionalmente mulheres mais jovens, mulheres negras e aquelas com certas mutações genéticas.
Mas, recentemente, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, identificaram uma nova terapia promissora para o câncer de mama triplo-negativo.
A nova abordagem é baseada em um sistema de administração que usa um anticorpo para identificar células cancerígenas e administrar uma quimioterapia altamente potente diretamente nessas células, sem prejudicar o tecido saudável circundante.
Os conjugados anticorpo-fármaco possibilitam o uso de medicamentos quimioterápicos que são muito tóxicos para serem administrados isoladamente, oferecendo uma via promissora para o tratamento dos cânceres mais difíceis.
Entre as principais descobertas do novo estudo está uma proteína de superfície celular chamada FZD7, que está presente em células com alto potencial de iniciação tumoral no câncer de mama triplo-negativo.
Ao desenvolver um conjugado anticorpo-fármaco para atingir células com FZD7, os pesquisadores reduziram significativamente o crescimento tumoral em modelos de camundongos sem toxicidade observável.
Em modelos 3D de tecido orgânico (organoides) derivados de camundongos, as células com FZD7 foram mais agressivas e mais sensíveis ao tratamento do que outras células tumorais. A abordagem também foi eficaz em linhagens celulares de câncer de mama triplo-negativo humanas.
Embora sejam necessárias mais pesquisas para que o tratamento possa ser aplicado na prática clínica, os resultados do estudo sugerem que o direcionamento de células iniciadoras de tumor por meio da proteína FZD7 pode oferecer um novo caminho para pacientes com cânceres de mama agressivos que não respondem às terapias existentes.
A equipe de pesquisa acredita que essa estratégia pode abrir caminho para tratamentos mais precisos e eficazes para o câncer de mama triplo-negativo, e a abordagem também poderá, um dia, ser utilizada contra outros tipos de câncer com biologia semelhante.
O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
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Instituições Citadas
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade da Califórnia em San Diego (em inglês).
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