
Divulgação, Universidade de Auckland
Dra. Kim Mellor, Universidade de Auckland
Fonte
Jodi Yeats, Universidade de Auckland
Publicação Original
Áreas
Compartilhar
Resumo
Em pacientes diabéticos, o processo de ‘glicofagia’ – usado pelas células para quebrar o excesso de glicogênio nas células cardíacas – é afetado, o que aumenta a rigidez do coração e dificulta o processo de bombeamento do sangue.
Agora, cientistas conseguiram reverter a insuficiência cardíaca diabética depois de aplicar terapia genética em camundongos e também em organoides desenvolvidos a partir de células-tronco humanas.
Basicamente, os pesquisadores usaram um vírus para levar genes ao coração e estimular a proteína GABARAPL1, restaurando a degradação local do glicogênio.
Foco do Estudo
Estudo
Em um estudo publicado na revista científica Nature Cardiovascular Research, cientistas conseguiram reverter a insuficiência cardíaca diabética depois de aplicar terapia genética em camundongos e também em ‘mini corações humanos’ – organoides desenvolvidos a partir de células-tronco.
Os cientistas descobriram um processo chamado ‘glicofagia’, usado pelas células para quebrar o excesso de glicogênio nas células cardíacas. No diabetes, esse processo é interrompido, levando à disfunção diastólica, onde o coração fica rígido e tem dificuldade para relaxar e se encher adequadamente.
O estudo foi liderado pela Dra. Kim Mellor, chefe de Cardiologia Celular e Molecular da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e primeira autora do estudo, e pela Dra. Lea Delbridge, chefe do Laboratório de Fenômica Cardíaca da Universidade de Melbourne, na Austrália, e autora sênior.
O grupo de pesquisa, que inclui uma rede internacional de pesquisadores, também descobriu que uma proteína chamada GABARAPL1 é essencial para a glicofagia e é deficiente na doença cardíaca diabética.
O diabetes frequentemente leva a problemas na capacidade do coração de relaxar adequadamente entre os batimentos, o que é conhecido como disfunção diastólica
Resultados
Em camundongos diabéticos, o grupo testou com sucesso o uso de um vírus para levar genes ao coração e estimular a proteína GABARAPL1, restaurando a degradação do glicogênio no coração.
O tratamento reduziu o acúmulo de glicogênio e melhorou a função cardíaca, sem afetar os níveis de açúcar no sangue ou o peso corporal.
“Demonstramos que corrigir esse sistema de reciclagem de energia nas células cardíacas pode reverter os danos causados pelo diabetes. É uma maneira completamente nova de pensar sobre como tratar a doença cardíaca diabética”, destacou a Dr. Kim Mellor.
A terapia genética também funcionou em corações humanos em miniatura, cultivados a partir de células-tronco humanas, melhorando sua capacidade de relaxar após cada batimento, um sinal fundamental da função cardíaca saudável.
Agora, os pesquisadores planejam explorar aplicações clínicas e investigar como as diferenças entre os sexos podem influenciar a resposta ao tratamento. As descobertas iniciais sugerem que a terapia pode ser especialmente eficaz em corações femininos, que apresentam respostas de glicofagia mais fortes.
Essa descoberta pode levar a uma nova classe de tratamentos que visam diretamente o coração, em vez de apenas controlar os sintomas do diabetes
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica Nature Cardiovascular Research (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Auckland (em inglês).
Notícias relacionadas

Universidade de Coimbra