
Divulgação, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Protótipo de stent inteligente desenvolvido na Universidade do Porto
Fonte
Renata Silva, FCUP
Publicação Original
Áreas
Compartilhar
Resumo
Usando nanomateriais com propriedades piroelétricas aplicados em um stent na forma de uma tinta funcional, pesquisadores conseguiram demonstrar, através de testes em protótipo, a viabilidade de monitorizar o sucesso de um implante de stent continuamente.
Reunindo conceitos de biomecânica, biomateriais e nanotecnologia aplicados à tecnologia de desobstrução de artérias,os pesquisadores ainda vão otimizar a solução e produzir novos testes durante os próximos três anos, em um novo projeto de engenharia biomédica aplicada à cardiologia.
Um stent é um recurso tecnológico que pode ser implantado em uma artéria para desobstruir o fluxo sanguíneo comprometido em caso de doença aterosclerótica coronariana.
Em cerca de 30% dos casos podem existir complicações pós-implante, com o stent sendo rejeitado pelo organismo, o que pode levar ao risco de novos acidentes cardiovasculares.
Com esta preocupação, pesquisadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), em Portugal, estão desenvolvendo novos sensores inteligentes que podem ser agregados ao stent para prevenir complicações pós-implante.
O novo stent inteligente têm como base nanomateriais com propriedades piroelétricas, ou seja, que produzem energia em função de variações de temperatura. As alterações no fluxo sanguíneo e as flutuações térmicas locais ajudam a prever quando o corpo começa a rejeitar o stent e há risco de um novo acidente cardiovascular.
Usando uma tinta inovadora e funcional composta pelos nanomateriais piroelétricos, o stent consegue então realizar uma monitorização do paciente 24 horas por dia.
O médico ou até o próprio paciente teria um aplicativo no smartphone, por exemplo, para receber os dados e notificações e assim ter tempo de marcar uma consulta para que possa ser medicado, geralmente com anticoagulantes, prevenindo complicações
Os pesquisadores simularam o processo de coagulação do sangue e verificaram a eficácia do sensor. A produção de protótipo e os testes realizados em escala laboratorial foram os resultados do projeto Pyro4Cardio, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal.
Em um novo projeto de parceria nos próximos três anos, também entre FCUP e i3S, os pesquisadores pretendem continuar testando e aprimorando os stents inteligentes em sistemas que reproduzem o fluxo sanguíneo e o batimento cardíaco fisiológicos.
“Queremos provocar localmente a coagulação do sangue para a formação dos trombos e ver se o sensor é sensível e consegue avisar [a tempo]”, concluiu a Dra. Mariana Rocha, pesquisadora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e pesquisadora principal do projeto.
Em suas publicações, o Portal SciAdvances tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal SciAdvances tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Autores/Pesquisadores Citados
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade do Porto.
Notícias relacionadas
Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN
HU-UFMA/Ebserh