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Procedimentos estéticos com toxina botulínica trazem benefícios mas também riscos e devem ser realizados por profissionais capacitados
26 de dezembro de 2024, 15:21

Fonte

Ligia Gabrielli, Unifesp

Publicação Original

Áreas

Biologia, Biotecnologia, Dermatologia

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Resumo

Um estudo publicado recentemente na revista cientítica Anais Brasileiros de Dermatologia destacou o aumento na ocorrência de efeitos adversos no uso estético da toxina botulínica e de preenchedores na face.

A revisão narrativa foi feita por pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Saúde Baseada em Evidências da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) e também da Faculdade de Medicina da Universidade Prof. Edson Antônio Velano (UNIFENAS).

A toxina botulínica age bloqueando a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, resultando na paralisia temporária do músculo-alvo. Isso suaviza rugas dinâmicas e marcas de expressão, oferecendo resultados estéticos interessantes.

“Apesar de [a toxina botulínica] ser amplamente considerada segura, é essencial que o procedimento seja realizado por profissionais capacitados(as), que conheçam profundamente a anatomia facial, as técnicas adequadas e que saibam tratar os eventos adversos”, alertou a Dra. Samira Yarak, professora da EPM-Unifesp e autora sênior do artigo.

Embora os efeitos adversos sejam geralmente leves e temporários, como hematomas e equimoses no local da aplicação, erros técnicos podem resultar em complicações significativas, como ptose palpebral, assimetria das sobrancelhas, alterações oculares, infecções nos locais da aplicação ou mesmo reações alérgicas graves que, embora raras, requerem atenção médica imediata.

A revisão destacou a importância de protocolos rigorosos para minimizar riscos, incluindo a seleção criteriosa de pacientes, uso de técnica adequada de aplicação e capacitação médica.

A professora Samira reforçou a necessidade de conscientização tanto dos(as) profissionais quanto dos(as) pacientes sobre os riscos envolvidos. “Classificar procedimentos como ‘minimamente invasivos’ pode induzir a uma falsa sensação de segurança. É essencial educar o público sobre possíveis adversidades e a importância de buscar profissionais qualificados(as)”, destacou a professora.

Além disso, a obrigatoriedade da notificação de complicações graves seria um avanço significativo na formulação de diretrizes baseadas em evidências, melhorando a segurança e a eficácia nos tratamentos.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professora de Dermatologia da EPM-Unifesp

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