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Estudo detecta relação entre baixo peso ao nascer e poluição atmosférica
30 de outubro de 2024, 17:13

Fonte

Tiago Eneas, CCET/UFRN

Publicação Original

Áreas

Cidades, Clima, Desigualdade Socioambiental, Epidemiologia, Geografia, Gestão de Resíduos, Meteorologia, Monitoramento Ambiental, Neonatologia, Qualidade do Ar

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Resumo

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Escola de Políticas Públicas e Governo da Fundação Getúlio Vargas em Brasília publicou recentemente resultados importantes de um estudo sobre a possível relação entre poluição atmosférica e baixo peso ao nascer.

A análise considerou mais de dez milhões de nascimentos ao longo de quase duas décadas e foi publicada na revista científica Chemosphere.

Os pesquisadores demonstraram que a exposição materna aos poluentes NO2 (dióxido de nitrogênio), O3 (ozônio) e particulados incluídos na categoria PM2,5 pode aumentar o risco de baixo peso ao nascer.

O estudo contemplou todos os estados do Brasil e coletou 10.213.144 registros de nascimento entre janeiro de 2001 e dezembro de 2018. Os dados foram analisados também por regiões e por estados.

Diante da complexidade de cada região do território brasileiro, onde as disparidades regionais abrangem fatores ambientais, estruturais e de acesso à saúde, foram consideradas, para o tratamento desses dados, as seguintes variáveis: dados do nascimento; sexo da criança; peso ao nascer; idade, raça, estado civil, dados do último período menstrual, nível educacional e município de origem da mãe; período gestacional (expresso em semanas) e número de visitas pré-natais.

Dentro desse período, 4,92% dos bebês (479.204) nasceram abaixo do peso. A região Sudeste foi a que registrou o maior índice, com 4,88% dos casos (192.372). Em relação aos estados brasileiros, Minas Gerais (MG), Maranhão (MA), Bahia (BA), Acre (AC) e Alagoas (AL) tiveram a maior proporção, com 5,53%, 5,25%, 5, 17%, 5,03% e 5,01%, respectivamente.

De acordo com os autores, essas variações podem ser atribuídas a fatores diversos, como topografia, padrões meteorológicos e circulação atmosférica.

Os dados foram organizados e analisados separadamente para cada um dos trimestres gestacionais (análise estratificada), permitindo a identificação de condições específicas mais prevalentes em determinados períodos da gravidez.

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