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Resumo
Um estudo de caso apresentado recentemente mostrou uma alternativa eficaz e conservadora para o clareamento de dentes com calcificação pulpar distrófica – condição que costuma provocar escurecimento dental após traumas.
O estudo, publicado na Revista da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo, teve a participação de pesquisadoras da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp.
A Dra. Greciana Bruzi Brasil Pinto, professora da Faculdade de Odontologia da UNIFAL-MG e coordenadora do estudo, destacou que o relato de caso envolveu uma paciente com escurecimento no dente anterior causado por calcificação pulpar, mas sem sinais clínicos que indicassem a necessidade de intervenção endodôntica.
O caso clínico, acompanhado por um período de 10 anos, demonstrou resultados duradouros, sem necessidade de tratamento de canal e com preservação da estrutura dentária.
“A calcificação pulpar distrófica geralmente está relacionada com traumas dentários, fazendo com que o dente se apresente com uma coloração mais amarelada, devido à deposição de dentina terciária dentro da câmera pulpar e canal radicular. Geralmente, esta alteração de cor, provocada pela calcificação pulpar, gera desconforto estético por parte do paciente”, explicou a professora.
Foi realizada a aplicação de um agente clareador à base de peróxido de carbamida a 37%, considerado mais brando, durante uma hora por dia, ao longo de seis dias consecutivos. “Um dente que sofreu trauma e apresenta calcificação pulpar, pode ser mais sensível a ações do meio externo, por isso, optamos por um agente clareador que consideramos menos agressivo”, explicou a Dra. Greciana.
Foram realizados exames clínicos e de imagem, que mostraram que o interior do dente estava obstruído, mas sem sinais de inflamação na raiz. Por isso, a equipe optou por não fazer o tratamento de canal, a fim de preservar a parte interna do dente.
Ao final dos 10 anos de acompanhamento, o dente permaneceu com coloração satisfatória e sem alterações pulpares adicionais. “O resultado foi bastante positivo: após um período de 10 anos o dente permaneceu com uma coloração aceitável, além de não apresentar nenhuma outra alteração pulpar, além da já manifestada previamente”, concluiu a professora.
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Autores/Pesquisadores Citados
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Revista da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade Federal de Alfenas.
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