Notícia com publicação científica
Proteína príon desempenha papel importante na biologia do glioblastoma e influencia recidiva
Cientistas reduziram produção da proteína por edição genética e observaram limitação da proliferação de células-tronco tumorais

Hellerhoff via Wikimedia Commons

Glioblastoma multiforme

24 de março de 2025, 11:38

Fonte

Fernanda Bassette, Agência FAPESP

Publicação Original

Áreas

Bioinformática, Biologia, Biotecnologia, Engenharia Biológica, Genética, Genômica, Microbiologia, Neurociências, Neurologia, Oncologia

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Resumo

Em busca de novos alvos terapêuticos envolvidos no processo de recidiva do glioblastoma mesmo após tratamento cirúrgico para remoção do tumor, quimioterapia e radioterapia, pesquisadores identificaram uma potencial proteína-alvo através de edição genética.

Os pesquisadores usaram a tecnologia CRISPR-Cas9 para editar o genoma das células-tronco de glioblastoma e barrar a produção da proteína príon, que desempenha funções biológicas importantes no sistema nervoso central.

Esse procedimento diminuiu a capacidade de invasão e de proliferação das células cancerosas do glioblastoma, indicando que a proteína príon pode ser um futuro alvo para o desenvolvimento de novos fármacos contra o câncer cerebral.

Foco do Estudo

Identificar potenciais alvos terapêuticos responsáveis pela recidiva do glioblastoma após tratamento completo

Por que é importante?

Estudo

O tratamento do glioblastoma está estagnado há mais de 20 anos. É essencial descobrir novas estratégias para melhorar as chances de recuperação e a sobrevida dos pacientes

Dra. Marilene Hohmuth Lopes, professora e pesquisadora do Laboratório de Neurobiologia e Células-Tronco do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP)

Resultados

[O estudo] nos mostrou que a príon é um potencial alvo terapêutico. Mas é pouco provável que uma única proteína, sozinha, seja responsável pelo desenvolvimento da doença. Acreditamos que ela atue em diferentes vias de sinalização, por isso seguimos investigando outros mecanismos e possíveis parceiros da proteína

Dra. Marilene Hohmuth Lopes, professora e pesquisadora do Laboratório de Neurobiologia e Células-Tronco do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP)

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